domingo, 23 de dezembro de 2012

A era do aborto e o natal


Por Norbert Lieth

Em nossa época, em que são abortados anualmente cerca de 50 milhões de bebês e o sangue de cada um deles clama aos céus, queremos chamar a atenção para um relato que foi publicado no boletim da associação médica européia "Medicina e Ideologia". Que esse artigo toque os corações não somente de médicos, mas também de mães, pais e políticos.

O menino no Natal

A cada Natal o diretor da Clínica Obstétrica da Universidade de Heidelberg (Alemanha), o catedrático Dr. Eymer, celebrava a festa do nascimento de Jesus com todos os funcionários. No grande auditório a mesa de exames e os instrumentos estavam cobertos com lençóis brancos.
O professor sempre entrava no salão trazendo nos braços um bebê que havia nascido na clínica nas últimas horas. Suavemente ele embalava o bebê de um lado para outro e falava de maneira tão terna quanto o permitia sua voz grave e sonora:
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Is 9.6). Jesus, na noite em que nasceu, não era em nada diferente deste bebê. Ele chorava e dormia, Ele acordava e mamava no peito de sua mãe.
Ele viu a luz do mundo, mas não como este bebê aqui, numa sala de parto com ar condicionado, iluminado por luzes potentes. Certamente foi numa estrebaria semi-escura de uma hospedaria superlotada que Jesus nasceu. Provavelmente também não havia parteira para assistir a jovem mãe. Não podemos mais saber com exatidão os detalhes do Seu nascimento, mas isso não muda o essencial. Quando mães dão à luz a seus filhos, elas não podem saber o que será feito deles mais tarde. Ninguém sabe o futuro do pequeno ser humano que embalo aqui nos meus braços. Nem Maria sabia o futuro de seu bebê. Vocês sabem, estimadas enfermeiras e colegas, que em nossa maternidade nascem centenas de crianças. Qual será o plano de Deus para elas? Elas trarão alegrias ou preocupações a seus pais?
Perguntas desse tipo certamente passaram pela mente de Maria enquanto embalava seu bebê recém-nascido. Pois ela ficara sabendo, em um momento solene, através do anjo Gabriel, que daria à luz um filho e que esse filho seria grande e até seria chamado de Filho do Deus Altíssimo. Naquela ocasião Maria havia pronunciado o seu "Fiat", o que quer dizer "assim seja", que ela estava disposta a ser uma serva obediente a Deus. Anos mais tarde seu filho Jesus também teve de dizer o seu "Fiat": "Pai, seja feita a Tua vontade!"
Mas voltemos ao Natal. Creio que Maria lembrou da hora em que o anjo lhe apareceu e que ela estava certa de que Deus tinha planejado algo muito especial para essa criança. Com certeza, porém, nessas primeiras horas após o nascimento, ela nem sequer imaginava que a vida desse menino poderia ser tão curta. Ela não imaginou que seu filho corria perigo de vida nem quando um idoso profeta lhe disse no templo: "Também uma espada traspassará a tua própria alma!" Ela deve ter pensado: Bem, todos os homens às vezes dizem coisas que os outros não entendem, por que eu deveria levar tão a sério essa profecia?
Todas essas coisas, minhas senhoras e meus senhores, nosso colega Dr. Lucas relatou em seu Evangelho, onde falou da manjedoura, dos pastores e dos anjos. Amanhã vocês vão ouvir isso nas igrejas. Certamente os pastores e pregadores sabem dizer muito mais a respeito do Natal do que um simples professor de medicina como eu.
Mas peço que atentem para isso, queridas enfermeiras e colegas: eu oro dia após dia por toda criança nascida aqui. Eu peço ao menino Jesus de Belém, que se tornou nosso Senhor e Salvador, que santifique essas crianças. Nunca esqueçam: cada pessoa que vê a luz do mundo nesta terra é uma criatura de Deus, não apenas um parto número tal em nossos registros. Cada recém-nascido é um milagre da vida, um presente, a graça em pessoa. Pois quem de nós sabe quantos homens e mulheres, que um dia se tornarão pessoas importantes, iniciaram suas vidas em nossa clínica?
Essas palavras nítidas e emocionantes de um médico a seus colegas e enfermeiras da sua clínica deixam claro: Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, tornou-se homem como nós. Mas como Filho de Deus Ele era sem pecado e por isso tinha condições de reconciliar os homens com Deus. Em todos os festejos do Natal nunca deveríamos perder de vista essa realidade maravilhosa, pois o doce menino de Belém e o homem coroado de espinhos na cruz são a mesma pessoa!


LIETH, Norbert. A era do aborto e o natal. Disponível em: <http://www.chamada.com.br/mensagens/aborto_e_natal.html>. Acesso em: 23 dez. 2012.

domingo, 25 de novembro de 2012

Pornografia é uma das maiores ameaças ao cristianismo


A pornografia vem sendo glorificada aos quatro cantos do planeta e recentemente empresários e atores da indústria pornográfica, revelaram ser amplamente favoráveis da reeleição do presidente dos EUA, Barack Obama. Bilhões e bilhões são gastos anualmente no consumo de pornografia e são poucas as pessoas que param para refletir sobre onde tudo isso pode nos levar. O artigo que se segue, aborda uma entrevista realizada com um dos maiores apologistas americanos da atualidade: Josh McDowell. Ele discursa de forma bastante interessante sobre como a pornografia age na vida das pessoas, alterando inclusive a percepção dos viciados em relação aos seres humanos.

Por Shane Morris

A pornografia está em toda parte por aí, e não vai desaparecer logo. Por isso, para ajudar seus filhos a se guardarem contra ela, você precisa prepará-los. De acordo com Josh McDowell, autor de livros que incluem “Evidência que Exige um Veredicto” e “Mais que um Carpinteiro”, que voltou sua atenção ultimamente para a devastação da pornografia na nossa cultura e na Igreja, considerando-a entre as maiores ameaças ao Cristianismo que já vimos.
Explicando o motivo por que ele decidiu tratar da questão da pornografia, Josh disse numa entrevista para John Stonestreet de Breakpoint como ele sentiu uma barreira para seu trabalho apologético que nada tinha a ver com a defesa da fé em si.
“Sou um apologeta”, diz Josh. “Apresento razões positivas por que acreditar, a fim de ver jovens virem a Cristo. Mas cerca de cinco ou seis anos atrás, fiquei sentindo que há um problema em toda parte. Quando eu tinha interação com jovens, algo havia se tornado uma barreira. Percebi que era imoralidade sexual e pornografia intrusiva e generalizada na internet. Como apologeta, a única coisa que pode minar tudo o que ensino não está na área da apologética, mas na área da moralidade. Se você não lida com essa questão, você não cumprirá seu papel como um apologeta bíblico”.
Sean McDowell, filho de Josh, é diretor do departamento bíblico da Faculdade Cristã do Vale de Capistrano. Ele também é autor, palestrante e apologeta em seu próprio mérito, e ele trabalha com jovens em tempo integral. Nesse processo, Sean coletou uma lista interminável de casos tristes de rapazes e moças cristãos que na aparência eram modelos, mas que caíram na armadilha armada contra eles por uma cultura saturada de sexo e lascívia.
E esse é exatamente o problema. Os primeiros pontos que Josh e Sean McDowell esperam comunicar aos pais, pastores e professores é que no mundo de hoje, a maioria das crianças e estudantes não está atrás da pornografia. “A pornografia está atrás deles”, diz Josh. “Dos adolescentes que viram pornografia, entre 75% e 91% não estavam em momento algum atrás dela. Pesquisadores mostram que 38% deles ficarão viciados”.
“Esse problema é muito grande para o corpo de Cristo agora?” pergunta John Stonestreet.
“Veja, as estatísticas que documentei”, explica Josh, “mostram que o problema está aumentando sem parar. Cinquenta por cento dos pastores estão lutando para largar do vício da pornografia. Sessenta e dois por cento dos homens que frequentam igrejas evangélicas regularmente estão lutando para largar da pornografia, e entre 65% e 68% dos adolescentes estão nessa situação. Essa é provavelmente a maior ameaça à causa de Cristo em dois mil anos de história da igreja, pois mina sua vida, sua caminhada com Cristo e suas convicções. Meu temor é que muitos pastores não estejam lidando com esse problema pelo simples fato de que eles mesmos estão envolvidos nele. De certo modo, precisamos fazer com que a liderança no corpo de Cristo trate disso”.
“Dê-nos alguns detalhes”, diz John. “Como é que a pornografia mina os cristãos? Como é que ela mina o crescimento cristão? Como é que ela mina os casamentos?”
“Mesmo deixando de fora a vergonha e a solidão”, explica Josh, “a pornografia produz um questionamento sobre a autoridade das Escrituras, de Cristo, da Ressurreição, da Igreja e dos pais. A pornografia começa a entenebrecer a porta do cérebro para considerar as verdades da fé cristã. Logo que você se envolve na pornografia, ela assume o controle dos seus pensamentos, de seus padrões morais e de sua vida. Você precisa entender: a pornografia simplesmente assume o controle da sua vida. A pornografia assume o controle dos seus relacionamentos — o modo como você vê as pessoas, as mulheres e as crianças. E como consequência, a pornografia não deixa espaço para sua caminhada com Cristo. Não dá para você se envolver com a pornografia e ter uma caminhada saudável com Cristo”.
É por isso, diz Josh, que ele lançou “Just 1 Click Away”, um site dedicado à troca de informações, recursos e ajuda entre velhos e jovens. Sean McDowell dá uma palestra nos Ministérios Summit que ecoa a mensagem de “Just 1 Click Away”. Nele, ele se baseia no trabalho do Dr. Joe McIlhaney Jr. e da Dra. Freeda McKissic Bush em seu livro pioneiro “Hooked” (Viciado), em que eles descrevem como a pornografia e a promiscuidade sexual realmente mudam a estrutura física e a química de nossos cérebros, tornando-os mais difíceis de amar, unir e ter relacionamentos sexuais com nossos cônjuges.
Outra questão crítica que os McDowells buscam tratar com essa nova campanha contra a pornografia é a temida tarefa que os pais têm de educar e preparar seus filhos. Tanto Josh quanto Sean desestimulam qualquer esperança de que nossos filhos estarão entre os poucos sortudos que nunca vão se deparar com a pornografia. Falando em termos estatísticos, dizem os McDowells, esse é um grupo que não existe.
“Seus filhos vão se deparar com a pornografia”, diz Josh. “É muito triste, mas é verdade”. Podemos tirar a internet, a televisão e os smartphones de nossos filhos e estudantes, mas essas medidas mal estancarão a maré de imagens e temas pornográficos que os bombardeiam de outras fontes que não podemos controlar, tais como amigos e colegas de classe. Ainda que isolássemos nossos filhos pequenos e adolescentes do mundo lá fora, eles ainda se tornarão adultos e terão de confrontar de repente a cultura sexual que tentamos sufocar. Nossa tarefa como pais e mentores, acredita Josh, deve agora focar em preparar nossos filhos para responder de forma temente a Deus ao se depararem com a pornografia.
É por isso que no site “Just 1 Click Away” os McDowells buscam não somente expor o problema, mas também fornecer recursos e treinamento para pais e adultos sobre como abrir canais de conversação com seus filhos cedo, como armá-los de antemão para enfrentar as batalhas a frente, e como no final das contas e de forma sistemática dizer “não” à influência desumanizadora e degradante do pior vício de nossa cultura.

Fonte: <http://www.juliosevero.com>. Traduzido por Julio Severo do artigo de LifeSiteNews: Porn one of the greatest threats to Christianity: Christian apologist. Acesso em: 25 nov. 2012.

domingo, 21 de outubro de 2012

Heroi improvável

Por Paul Wilkinson

John Harper [um pastor batista de Glasgow, na Escócia] havia passado três meses ministrando na Igreja Moody, em Chicago, e durante esse tempo a igreja havia experimentado “um dos reavivamentos mais fantásticos de sua história”. Entretanto, não fazia muito tempo que ele estava de volta à Grã-Bretanha quando lhe pediram para voltar e continuar seu ministério. Harper tomou rapidamente as providências para ele mesmo e sua filhinha de seis anos, Nana, viajarem de volta à América, a bordo do Lusitânia, mas decidiram atrasar sua partida por uma semana para que pudessem viajar em um novo navio que estava para fazer sua viagem de estréia: o Titanic.


O Titanic bateu em um iceberg às 23h40m do dia 11 de abril de 1912. Quando foi dado o comando para os passageiros desocuparem suas cabines, Harper enrolou sua filha em um cobertor, disse-lhe que ela o veria novamente um dia, e a entregou a um dos homens da tripulação. Depois de observar que ela estava a salvo em um dos barcos salva-vidas, ele tirou seu colete salva-vidas e o deu a um dos outros passageiros. Um sobrevivente se lembrou distintamente de ouvi-lo gritar: “Mulheres, crianças e os que não são salvos, entrem nos barcos salva-vidas!” Depois, Harper correu pelo convés implorando às pessoas que se entregassem a Cristo, e, com o navio afundando, ele solicitou à orquestra do Titanic para tocar “Mais perto quero estar”. Ajuntando as pessoas a seu redor, ele então se ajoelhou e, “com alegria santa em seu rosto”, ergueu os braços em oração. À medida que o navio começou a adernar, ele pulou para dentro das águas geladas e nadou freneticamente para perto de todos a quem conseguiu alcançar, suplicando-lhes que se voltassem para o Senhor Jesus e fossem salvos. Finalmente, quando a hipotermia o imobilizou, John Harper afundou nas águas e passou para a presença do Senhor Jesus. Ele tinha 39 anos.


Quatro anos mais tarde, um jovem escocês chamado Aguilla Webb levantou-se em uma reunião em Hamilton, no Canadá, e deu o seguinte testemunho:
Sou um sobrevivente do Titanic.Quando eu estava boiando sozinho, segurando-me em um pedaço do mastro do navio naquela noite horrível, as ondas trouxeram para perto de mim o senhor John Harper, de Glasgow, que também estava se segurando em um pedaço dos destroços. “Amigo”, disse ele, “você é salvo?” “Não”, eu respondi, “não sou”. E ele continuou: “Creia no Senhor Jesus Cristo e você será salvo”. As ondas o carregaram para longe; mas, por mais estranho que possa parecer, as ondas o trouxeram de volta um pouco mais tarde, e ele disse: “E agora, você está salvo?” “Não”, eu disse, “não posso dizer honestamente que esteja”. Ele disse novamente: “Creia no Senhor Jesus Cristo e você será salvo”. Alguns segundos depois ele afundou; e ali, sozinho naquela noite, e com duas milhas de água abaixo de mim, eu cri. Eu sou o último convertido de John Harper.[1]
Em um tributo a Harper, que foi publicado em 1912 sob o título “Os Três Temas de um Herói”, William Andrew, de Glasgow, apontou que os três temas da pregação de Harper haviam sido “A Cruz de Cristo, a Maravilhosa Graça de Deus Para o Homem, e a Vinda Iminente de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Wilkinson, Paul. Heroi improvável. Disponível em: <http://www.chamada.com.br/mensagens/heroi.html>. Acesso em: 21 out. 2012.

1. George Harper, “My Brother As I Knew Him”, [Meu Irmão Como o Conheci] em Moody Adams, The Titanic’s Last Hero (O Último Herói do Titanic) (Belfast: Ambassador, 1998), 55, citado em Wilkinson, “You Shall Be My Witnesses” [E Sereis Minhas Testemunhas].

domingo, 7 de outubro de 2012

Como servir a Deus?

Por Luciano Borges de Santana

Muito se tem discutido sobre a natureza, a qualidade e os objetivos do serviço dedicado ao Deus da fé cristã. Grande parte da sociedade não se interessa pelo assunto e quando resolve atentar para ele, geralmente apresenta argumentos sem nenhum fundamento bíblico. As pessoas acreditam que Deus pode ser servido de qualquer maneira ou sem observar os preceitos estabelecidos em sua palavra. Aqueles que desejam servir a Deus, precisam primeiramente reconhecer que o homem transformado pelo poder do evangelho, pode até viver neste mundo, mas espiritualmente não faz parte dele. A conversão produz um novo homem que morreu espiritualmente para o mundo, mas que passa a viver para Deus (Gl. 2.20). Torna-se impossível servir a Deus e ao mesmo tempo amar dentro de si a filosofia, o discurso, as práticas e a moral do mundo distante do Senhor.
Alguns exemplos na Bíblia tipificam essa relação entre o cristão e a sua convivência em sociedade. Apesar de ter sofrido uma escravidão de mais de 400 anos no Egito, o povo de Israel não havia tirado o "Egito" do coração. Isso pode ser notado em algumas situações como na travessia do mar Vermelho (Ex. 12.11-12), na falta de carne no deserto de Sim (Ex. 16.3), na ausência de água em Refidim (Ex. 17.3), na adoração ao bezerro de ouro (Ex. 32.4), na murmuração geral contra o maná no deserto de Parã (Nm. 11.4-6), na rebelião provocada pelo relatório dos espias (Nm. 14.2-4) e logo após a morte de Miriã, irmã de Moisés em Cades (Nm. 20.2-5). No Antigo Testamento ainda poderíamos mencionar a mulher de Ló. Deus iria destruir a cidade, mas exigiu que a família de Ló não olhasse para trás evitando contemplar a destruição da cidade. A mulher de Ló, possivelmente possuía a cultura da cidade em seu interior e ao olhar para trás - desobedecendo a ordem divina - foi convertida numa estátua de sal (Gn. 19.26). Já no Novo Testamento o caso mais curioso é o de um ex-cooperador do apóstolo Paulo chamado Demas. De um colaborador de Paulo, abandonou a fé em troca do que poderia usufruir abraçando o "presente século" (Cl. 4.14; Fl. 1.24; II Tm. 4.10).
Todos esses exemplos deixam muito claro que é possível existir uma série de pessoas, que honestamente acreditam estar servindo a Deus, mas seus comportamentos e atitudes podem não ser aqueles que Deus aprova em sua palavra. Outrossim, nos revelam que existem diversos caminhos tomados pelo homem que passam bastante longe daquilo que o próprio Deus exige como obediência nas Escrituras.

1. O mundo debaixo da ira de Deus

Ao mesmo tempo que procura orientar o seu povo a não manter um relacionamento de cumplicidade com o mundo, Deus através de sua palavra explica os motivos para essa atitude. A palavra "mundo" aparece aproximadamente 182 vezes na Bíblia, significando a criação (Hb. 11.3), o homem ou a humanidade (Jo. 3.16) e o mundo como sistema organizado e arquitetado contra a vontade de Deus (I Jo. 2.15-17). Dentro do terceiro aspecto que a palavra mundo adquire nas Escrituras é possível observar como o sistema mundano opera na sexualidade (perversões sexuais, divórcio, adultério, prostituição, fornicação), na bioética (aborto, eutanásia), no sistema educacional (secularismo, ateísmo, evolucionismo, humanismo, darwinismo, materialismo, relativismo) e nos sistemas de comunicação (defesa de valores anticristãos, programação que explora e estimula vícios, sexualidade distorcida e violência). Outras questões poderiam ser ainda acrescentadas, mas estas por si só já revelam que Deus não se encontra presente, muito menos aprova, uma união de princípios ou práticas entre aqueles que afirmam servi-lo e o mundo cujo sistema "jaz no maligno" (I Jo. 5.19).

2. Por que devemos servir a Deus?

Porque ele é a única e verdadeira alternativa (Jo. 14.6). Deus é perfeito, em contraposição ao homem limitado; não está envolvido nos escândalos humanos; e quer o bem de todos (principalmente daqueles que já entraram em uma experiência pessoal com ele). Deus sempre pensa positivamente do potencial humano; este é quem procura as coisas mais baixas e desagradáveis ao Senhor. O Todo-Poderoso deseja que o homem viva (Jo. 10.10).
O futuro do homem não está em suas próprias mãos, mas no Senhor que conhece todas as coisas. Deus aceita os "cansados" e "oprimidos", algo que no ponto de vista espiritual ninguém quer se preocupar. Jesus simplesmente afirma: "eu vos aliviarei" (Mt. 11.28). E se existe alguém que está interessado em gente fracassada, essa pessoa é Jesus. Se ele transformou um grupo de homens que na noite de sua prisão o abandonaram, pode fazer o mesmo com todos aqueles que almejam servi-lo.
Escolha, portanto, ficar do lado de Deus.

sábado, 22 de setembro de 2012

A origem da festa de Cosme e Damião

     Por Luciano Borges de Santana

Não são raros os casos onde os evangélicos de forma geral, se recusam a participar ou comemorar festas que no calendário ocidental são relembradas por muitos brasileiros. Essa recusa provoca nas pessoa alguns questionamentos, pois se determinadas festas possuem uma suposta base de "fé cristã" por que os cristãos evangélicos também não participam delas?
Não é fácil esclarecer essas pessoas sobre a posição adotada pelos evangélicos, visto que a grande maioria delas sequer conhece a história do cristianismo e/ou como tantas festas que nunca aparecem no Novo Testamento, surgiram séculos depois e passaram a ser comemoradas pela igreja.
Esse breve estudo se propõe a analisar a origem da festa de Cosme e Damião, sua chegada ao Brasil, a incorporação da festa e dos santos pelas religiões afro-brasileiras e apresentar à sociedade uma defesa da fé evangélica e justificar a sua não-comemoração pelos evangélicos brasileiros.

1. Quem foram Cosme e Damião?

Grande parte do que hoje se sabe sobre os santos Cosme e Damião são relatos muitas vezes contraditórios, em que se torna difícil separar o que é fato e o que não passa de lendas. De acordo com alguns pesquisadores, Cosme e Damião foram dois irmãos gêmeos que nasceram na Arábia no século III d.C. (a data exata do nascimento é incerta). Filhos de pais nobres dedicaram-se a estudar medicina na Síria e logo depois passaram a praticá-la na Egéia. Foi por essa ocasião, que chegaram a ter contato com a fé cristã, vindo a se converterem tempos depois em circunstancias até hoje desconhecidas.
A conversão a fé cristã produziu em ambos os gêmeos um amor pelos pecadores e um desejo de oferecer a eles a medicina sem a cobrança pelos serviços prestados. Os irmãos ficaram conhecidos como "anárgiros", ou seja, pessoas que não são "compradas por dinheiro". Segundo alguns relatos, os gêmeos chegaram a construir um hospital onde ao mesmo tempo que atendiam os pacientes pregavam as boas novas do evangelho de Cristo. Outros relatos afirmam que para distrair as crianças que se recusavam a tomar os remédios a base de ervas amargas, os irmãos distribuíam doces como uma forma de amenizar o gosto dos medicamentos. Com o exercício da medicina e a pregação do evangelho muitas pessoas foram alcançadas pela Palavra de Deus e se convertiam a Cristo abandonando os cultos das religiões pagãs. E por não cultuarem os deuses pagãos, os gêmeos começaram a sofrer uma violenta oposição das autoridades do Império Romano, que em localidades diferentes, perseguia outros cristãos.
Há muitas versões e lendas para as mortes de Cosme e Damião. Em alguns relatos teriam sido amarrados e jogados de um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria; em outros, sobram tentativas de afogamento, queimaduras e apedrejamento, onde os irmãos eram salvos por anjos ou algum outro milagre. A versão mais aceita defende que os gêmeos após terríveis torturas, foram decapitados em meio a perseguição motivada pelo imperador Diocleciano em 283 ou 303, na Egéia. Seus restos mortais teriam sido levados para a cidade de Ciro, na Síria e lançados em uma igreja a eles consagrada. Parte dos restos mortais foram levados no século VI para Roma, onde outra igreja fora dedicada a eles. Outra parte dos restos mortais foram também levados para uma igreja em Munique, na Alemanha. Por volta de 530, o imperador Justiniano gravemente ferido, mandou construir em Constantinopla uma igreja dedicada a memória desses mártires.
O dia exato da morte dos irmãos Cosme e Damião é motivo de muita controvérsia e duas datas diferentes são geralmente apresentadas: 26 ou 27 de setembro. De acordo com alguns relatos, os irmãos foram decapitados no dia 26, levando um grupo de pessoas a sepultá-los no dia seguinte (27). Conta-se que na ocasião, muitos doces foram colocados no túmulo de ambos os gêmeos, como uma forma de homenageá-los. A igreja católica dessa forma reconheceria o dia da morte, mas não o dia do sepultamento. Já outro relato afirma que a igreja católica sempre comemorou a morte dos irmãos no dia 27 até 1969, quando ocorreu uma reforma no calendário romano, que deslocou a data para o dia 26, por que no dia 27 também se comemora o dia de São Vicente de Paulo. Católicos mais tradicionais e seguidores da Umbanda e do Candomblé, mantiveram a data historicamente praticada e, pelo menos no Brasil, a festa dedicada a esses santos é realizada em 27/09. Outros ainda acreditam que a tradição popular prefere o dia 27, porque foi nesse dia que o papa Félix IV inaugurou em 500, a igreja dedicada a esses irmãos em Roma.

2. Por que a igreja passou a cultuar os irmãos Cosme e Damião?

A igreja foi fundada sob o sangue da nova aliança derramado por Jesus e edificada sobre o firme fundamento dos apóstolos e dos profetas (At. 20.28; Ef. 1.7; 2.13; Cl. 1.20; Hb. 9.12; 12.24; Ef. 2.20; Ap. 21.14). Qualquer pessoa que se propuser a analisar a igreja do Novo Testamento ficará admirada ao descobrir como os cristãos corromperam a simplicidade da fé em Cristo e séculos depois evoluíram para os princípios doutrinários adotados na igreja católica romana.
Na verdade não é fácil determinar o início da entrada de heresias e falsos ensinos na história da igreja. Os apóstolos já enfrentavam esse problema e procuraram orientar os convertidos sobre o aparecimento de doutrinas antibíblicas. Logo após a morte dos apóstolos, uma geração de apologistas e líderes cristãos conduziram o rebanho em meio às adversidades políticas, religiosas, filosóficas e culturais do Império Romano. Lentamente alguns líderes cristãos começaram a adaptar a estrutura hierárquica do Império Romano e a fundir elementos da teologia bíblica com a mitologia e as crenças populares dos povos não alcançados pelo evangelho. Muitas pessoas se convertiam, mas não abandonavam totalmente suas convicções religiosas e, dentro da igreja elas acabaram criando uma série de práticas sem fundamento bíblico, levando os historiadores até hoje a uma grande questão: o cristianismo foi paganizado pela igreja ou a igreja cristianizou o paganismo?
No rastro dessas inovações e influenciada pelo mundo pagão, a igreja começou a transformar os mártires da fé cristã em intermediários entre Deus e os homens; ao elaborar festas específicas a esses mártires, rapidamente os fiéis passaram a adorá-los como se fossem os deuses e entidades do antigo panteão romano. Na mitologia grega já existia uma lenda envolvendo os dois filhos gêmeos de Zeus, Castor e Pólux, levando alguns estudiosos a concluir que a adoração dedicada a Cosme e Damião tenha sido fortemente influenciada por este mito. Venerados como padroeiros dos médicos, gêmeos e farmacêuticos, passaram a ser invocados como protetores das crianças e, desde o século V, algumas igrejas ofereciam um óleo como o nome dos irmãos, onde se acreditava que possuía poderes para curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.
O culto aos santos Cosme e Damião espalhou-se pela Europa e desembarcou no Brasil trazido pelos portugueses que iniciaram a colonização no século XVI. Em 1530, uma das mais antigas igrejas católicas do país foi dedicada a esses santos no município de Igarassu, na região metropolitana do Recife. Mas, no Brasil o culto a esses santos ganhou uma roupagem diferente, sobretudo, porque ambos os santos, foram incorporados pelas religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé.

3. As relações entre a festa de Cosme e Damião e as religiões afro-brasileiras

Nas comunidades africanas da nação iorubá são bastante populares os cultos aos chamados orixás-crianças (ibejis[1]). Segundo os mitos iorubás os ibejis seriam filhos de Iemanjá (a rainha das águas) e Oxalá (o criador). Já outras tradições atribuem a paternidade dos ibejis a Xangô (o senhor dos raios). E há tradições que atribuem a Iansã (orixá feminino dos ventos, tempestades e paixões) a origem dos ibejis; estes porém, foram abandonados por Iansã e criados por Oxum (orixá feminino dos rios, riquezas materiais, bebês e recém-nascidos) como se fossem seus próprios filhos.
Ao serem trazidos como escravos para o Brasil, os africanos eram batizados, recebiam um novo nome e eram orientados a esquecerem suas tradições e a abraçar os preceitos do catolicismo. Muitos escravos como uma forma de manter a unidade do grupo ou mesmo resistir a escravidão, passaram a adorar as personalidades bíblicas e os santos da igreja católica, mas associando-os com seus orixás e outras entidades religiosas. Os ibejis passaram a ser reverenciados nas figuras de Cosme e Damião. Proibidos de praticarem suas crenças, os africanos fundiram suas tradições com o catolicismo em um processo conhecido como sincretismo cultural.
Com o processo de fusão e logo depois a sedimentação do sincretismo, adeptos das religiões afro-brasileiras e do catolicismo passaram a celebrar a data, geralmente cada grupo reverenciando os elementos de sua religião ou membros das duas crenças celebrando a festa como a uma só personalidade. A festa tornou-se popular em todo o Brasil, mas é na Bahia que se encontram as tradições mais diversificadas.
Antes da aproximação da festa templos religiosos são enfeitados com bandeirolas e desenhos, terreiros de umbanda e barracões de candomblé também se preparam para a celebração; em Salvador (BA) é muito comum crianças e populares saírem às ruas solicitando esmolas e ajuda para a produção de caruru, vatapá, doces e pipocas. No dia da festa os pratos produzidos e as guloseimas são oferecidos pelos adeptos aos santos e entidade de ambas as religiões e depois são distribuídos às crianças, adultos e familiares. Em meio a celebração, orações, danças, músicas e cânticos sagrados são entoados pelos participantes.

4. Os evangélicos e a festa de Cosme e Damião

Os evangélicos de forma geral procuram respeitar todas as manifestações religiosas praticadas pelas pessoas, mas submetendo qualquer padrão de comportamento e regra de fé ao crivo da Palavra de Deus. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento povo de Deus sempre foi orientado a não participar de cultos, sacrifícios, oferendas ou qualquer forma de adoração ministrados a qualquer divindade que não fosse o Senhor (Ex. 20.3-5; Dt. 6.4; Is. 42.8; 43.11). A incorporação da festa em escolas e o zelo sem entendimento de muitas pessoas, tem levado os evangélicos a questionarem sobre o mau que existe na distribuição de guloseimas e diversão para as crianças. Existe alguma implicação doutrinária sobre a invocação de santos falecidos para abençoar os pequenos?
A invocação de pessoas falecidas em favor dos vivos é uma prática proibida pelas Escrituras (Dt. 18.9-11; Is. 8.19-20); Cristo é o único mediador e intercessor entre Deus e os homens (I Tm. 2.5; Hb. 7.25); no Novo Testamento todos aqueles que se convertiam a Deus eram chamados de santos (Rm. 1.7; EF. 3.8; 4.11-12); participar ou comer de coisas sacrificadas aos ídolos foi algo veementemente proibido pela Palavra (At. 15.29; I Co. 10.25,28; II Co. 6.14-16); Jesus é o único que pode nos abençoar e as nossas orações devem ser dirigidas a Deus apenas em seu nome (Jo. 14.13-14; 16.23-24); em algumas populares orações destinadas a Cosme e Damião é solicitado "que o sangue desses mártires, servos da Santíssima Trindade, lave os meus pecados e purifique todo o meu ser". Entretanto a Bíblia diz que somente o Cordeiro de Deus [Jesus) pode nos purificar de todos os pecados (Jo. 1.29; Hb. 10.12,14; I Jo. 1.7,9).

5. Considerações finais

Observe o texto abaixo.

Fui no jardim colher as rosas
A vovozinha deu-me a rosa mais formosa
Fui no jardim colher as rosas
A vovozinha deu-me a rosa mais formosa
Cosme e Damião, ÔOOOh Doun
Crispim, Crispiniano São os filhos de Ogum
Cosme e Damião, ÔOOOh Doun
Crispim, Crispiniano São os filhos de Ogum

(Cantiga da umbanda em que o catolicismo se funde com os cultos afros).

A cantiga acima revela muito bem o sincretismo entre o catolicismo e as religiões afro-brasileiras no que concerne a veneração dos santos Cosme e Damião. Portanto é altamente recomendável que os pais evangélicos orientem seus filhos a não participarem dessa festa, não apenas pelo caráter de fusão e sincretismo, mas, sobretudo, porque a própria Bíblia nos orienta a não adorarmos qualquer outra divindade além do Senhor. Ao mesmo tempo, os exemplos de Cosme e Damião deveriam ser lembrados por todos os cristãos (assim como o de outros fieis servos de Deus no passado), mas a igreja jamais deve transformar esses homens e mulheres em supostos mediadores entre os homens e o Senhor. Só há uma Pessoa que concentra os tesouros celestiais, a salvação e a nossa paz: essa Pessoa é Cristo (At. 4.12; Ef. 2.13-14; Cl. 1.14).

Referências

APEC – Aliança Pró Evangelização das Crianças. A vida de Cosme e Damião. Disponível em: <http://estudosbiblicos.space blog.com.br/87212/A-VIDA-DE-COSME-E-DAMIAO/>.Acesso em: 07 nov. 2011.
Guizzetti, Franco. Faça a oração de Cosme e Damião para proteger as crianças. Disponível em: <http://vidaeestilo.terra.com. br/esoterico/interna/0,,OI5378108-EI14322,00Faca+a+oracao+de+Co sme+e+Damiao+para+proteger+as+criancas.html>. Acesso em: 07 nov. 2011.
Raphael, Danilo. Cosme e Damião. Defesa da Fé, nº 39, Ano 5, outubro/2001. Disponível em: Disponível em: <http://www.jesussite.co m.br/acervo.asp?id=758>. Acesso em: 07 nov. 2011.
SÃO Cosme e São Damião. Disponível em: <http://www.uniafro.xg.om.br/saocosmeedamiao.htm>. Acesso em: 07 nov. 2011.
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNINI, Luigi. Um santo para cada dia. 7 ed. São Paulo: Paulus, 1983. 421 p.
Wikipédia, a enciclopédia livre. Cosme e Damião. Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosme_e_Dami%C3% A3o>. Aces-so em: 07 nov. 2011.




[1] A palavra Ibeji que dizer gêmeos. É um referência aos irmãos Taiwo e Kehinde, orixás originais na cultura iorubá.

domingo, 26 de agosto de 2012

O “fundamentalismo neo-ateu”, falacioso e desonesto de Matthew Chapman


O que é intolerância? Como melhor se define essa expressão? Apesar do artigo abaixo propor uma aparente dicotomia entre o ateu "maldoso" e o cristão "bonzinho", não deixa de ser interessante observar como atualmente os cristãos estão sendo associados a todo tipo de fanatismo religioso e intolerância, quando ao mesmo tempo suas convicções doutrinárias, éticas, morais, acadêmicas, sexuais e sociais são o tempo todo ridicularizadas e associadas ao atraso. Se questionamos uma informação, somos preconceituosos. Se somos criticados isso é visto como um avanço. Afinal de contas, o que é ser preconceituoso? Analise o artigo abaixo e acompanhe essa discussão. Ruy Marinho é um cristão reformado, casado com Sandra Nara e pai do Davi. Diretor de arte, designer gráfico por formação. Teólogo, apologista cristão e blogueiro, autor de diversos artigos referentes à defesa da fé cristã, bem como refutações de práticas anti-bíblicas, de seitas e heresias. Editor do Blog Bereianos e articulista de outros blogs e sites.

Por Ruy Marinho

Nesta semana, tive o conhecimento de uma entrevista feita com o bisneto de Charles Darwin, Sr. Matthew Chapman, publicada no site UOL e noticiada pelo Gospel+. Trata-se de um cineasta neo-ateu norte-americano, que dirigiu um filme chamado “A Tentação”, o qual estreou no Brasil recentemente.
Confesso que tenho o hábito de acompanhar debates interessantes entre apologistas cristãos e ateus, muitos deles com um bom nível de respeito e honestidade com as questões abordadas. Porém, fiquei surpreso com a desonestidade intelectual apresentada nesta entrevista por este secularista pós-moderno norte-americano. Com alto teor de covardia e afirmações falaciosas, Chapman parece não ter “evoluído” segundo seu bisavô famoso. Afinal, Charles Darwin não era necessariamente ateu, mas sim agnóstico, bem mais coerente nos questionamentos sobre a existência de Deus do que seu bisneto. Além disso, existem indícios de que no final de sua vida Darwin tenha reconciliado-se com o cristianismo.[1]
Na entrevista, o Sr. Chapman afirma: “Eu achei que estava na hora de fazer um thriller sobre os dois lados opostos da fé americana. Um que é secular, sofisticado e educado e outro que é bíblico, homofóbico, subjuga as mulheres e acredita que o universo só tem 10 mil anos de idade. E tem muita gente que acredita nisso nos EUA.”
Com este argumento desonesto e depreciativo ao cristianismo, o Sr. Chapman em uma atitude dualisticamente maniqueísta, coloca os ateus como sofisticados e educados, contrapondo os cristãos como mal-educados, homofóbicos e subjugantes de mulheres. Ele erra ao utilizar este argumento inconsistente, pois ignora a realidade dos fatos para expressar seu pensamento tendencioso. É óbvio que existem alguns mal-educados no meio cristão, como também existe no meio secular e inclusive entre os ateus. Prova disso é a própria atitude do Sr. Chapman, na qual mostra exatamente o oposto do que ele afirma ser. Ora, suas afirmações não procedem! Os ensinamentos do cristianismo são totalmente opostos aos que ele acusa.
Como cristãos, reprovamos qualquer atitude de violência. O fato de não concordar com o comportamento homossexual em razão da fé cristã e de questões naturais, não significa que somos “doentes”. Ora, a palavra homofobia é uma patologia psicológica direcionada àqueles que possuem medo irracional ou aversão excessiva pelos homossexuais. Esta palavra é utilizada desonestamente por militantes gays para nomear aqueles que manifestam “opiniões” contrárias às práticas homossexuais. Uma incoerência absurda que infelizmente virou moda no Brasil!
Outra afirmação falsa é que o cristianismo subjuga mulheres. Quem ler a Bíblia respeitando o contexto completo, saberá que nenhuma outra religião do mundo concede às mulheres uma posição tão privilegiada e honrosa como o cristianismo. No Antigo Testamento, por conta da dureza do coração da humanidade e segundo o contexto cultural e histórico da época, existia uma punição rigorosa, tanto para mulheres adúlteras, quanto para homens adúlteros, ladrões, assassinos, estupradores etc. (Lv 20:10, 20:27, 24:10-13. Dt 13:5-10, 21:8-21, 22:22-24). Porém, como desconhecedores da Bíblia, os ateus fragmentam as escrituras pegando textos isolados da Antiga Aliança, bem como ignoram o Novo Testamento, para tentar descredibilizar a Bíblia e ainda afirmar que tais atos são praticados por nós cristãos nos dias de hoje. Um absurdo!
Deus criou a mulher, pois sabia que sem ela, o homem não seria feliz (Gn 2:18). Sara, a esposa de Abraão, é citada dentre os que servem de exemplo para toda a humanidade (Hb 11:11). O próprio Jesus evangelizou a mulher Samaritana e tratou-a com amor e dignidade, embora tivesse ela uma vida totalmente imoral (Jo 4:9). Jesus perdoou a mulher adúltera e mostrou que é totalmente contra o machismo, claro, ordenando que ela não adulterasse mais (Jo 8:7-11). Cristo honrou todas as mulheres, pois após a ressurreição, apareceu, primeiramente, para uma mulher: Maria Madalena (Jo 20:11-18) Esta mesma mulher, Maria Madalena, teve a honra de ser a primeira pessoa a anunciar a ressurreição do Salvador (Jo 20:18). O apóstolo Paulo destaca figuras femininas que foram destaque no seu ministério (Rm 16:12). A Bíblia Sagrada proíbe o homem de ter mais de uma esposa (Gn 2:24, Mt 19:5-6, 1Tm 3:2), proíbe que o homem repudie a esposa, salvo se ela for infiel a ele (Mt 5:32). As mulheres virtuosas são comparadas a jóias preciosas (Pv 31:10). É dito que uma boa esposa é uma dádiva de Deus (Pv 19:14). Às mulheres é legado a capacidade de poder edificar o seu lar (Pv 14:1). Através da instrumentalidade de uma mulher, o Salvador veio ao mundo (Lc 1:30-31) A Bíblia Sagrada ordena que as mulheres sejam tratadas com amor e dignidade, Paulo repete isso três vezes em Efésios 5 (vs 25, 28 e 33). Elas devem ser tratadas com respeito e dignidade – (1Pe 3:7).
Já que o Sr. Chapman não conhece tanto a Bíblia, ele deveria se preocupar mais em provar a veracidade dos estudos de seu bisavô. Afinal, existem muito mais problemas em transformar a “teoria” da evolução em “verdade absoluta” do que suspeitas para descredenciar o criacionismo bíblico. Porém, ignorando estes fatos, ele estranhamente faz uma inversão de valores ao desmerecer os cristãos que acreditam nos relatos bíblicos, exaltando o ateísmo como posição correta. Grande incoerência!
Na tentativa de desmoralizar o cristianismo, ele afirma: “Se a única coisa que está impedindo você de matar uma criança é porque Deus mandou você não fazer isso, você é maluco. É óbvio que você não deve matar uma criança, você não precisa de que alguém te diga isso. Você pode ver sofrimento e reagir a ele.”
O argumento que o Sr. Chapmam utiliza é falacioso! Um cristão não mata crianças só porque Deus mandou não matar (Ex 20:13), mas principalmente porque temos o amor de Deus introduzido em nossos corações (Rm 2:15, Hb 4:12 e 10:16). É claro que para pessoas como Chapmam, este amor será algo “maluco”, pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens (1Co 1:25). Na verdade, sabedoria é o que falta nos argumentos de Chapman, pois os mesmos contradizem com a realidade. Haja vista, os regimes comunistas ateus como Josef Stalin, Mao Tsé-Tung e Pol Pot que mataram milhões de pessoas – inclusive várias crianças – em proporções bem maiores que as distorções religiosas como a inquisição, o terrorismo e as cruzadas. Até Adolf Hitler usou a teoria de Darwin como justificativa filosófica para o Holocausto. [2]
Chapman insiste, afirmando que não precisamos de ninguém para dizer que não devemos matar uma criança, pois reagimos naturalmente ao sofrimento. Ele deveria dizer isso a um pscicopata, um pedófilo ou um sequestrador, que em suas próprias decisões “naturais” matam crianças, ou então para índios de algumas tribos que enterram crianças vivas por conta de defeitos genéticos. Quem sabe, perguntar aqueles que matam crianças indefesas em algumas escolas, atirando loucamente com arma de fogo para todos os lados, ou então para as seitas que sacrificam crianças em seus rituais macabros. Por que será que essas pessoas não “reagem ao sofrimento”?
Na verdade, essa tentativa de justificar a bondade de forma naturalista que Chapman utiliza, parte de uma premissa sem fundamento. Qual é a base para o princípio de bondade no ser humano? Qualquer tentativa de responder esta pergunta – ignorando os princípios de Deus como autor absoluto de bondade e justiça, torna-se subjetiva e incoerente. Por exemplo, se o princípio de bondade vier instintamente “do que achamos certo”, trata-se de um pressuposto inconsistente, pois o que é bom para Chapman pode não ser bom para nós, o que é bom para a maioria, não é bom para uma minoria, o que é bom para uma cultura ocidental, pode não ser bom para uma cultura oriental, e assim por diante.
Então, de onde parte esta reação moral do ser humano? Da possibilidade de que a moralidade estaria embutida no DNA ou em processos naturais, conforme defendem os darwinistas? Impossível, pois segundo o darwinismo existe apenas o material, mas o material não possui moralidade. Qual o peso do ódio? Existe um átomo para o amor? Qual é a composição química da molécula do homicídio? Perguntas totalmente sem sentido porque partículas físicas não são responsáveis pela moralidade. Sem uma fonte objetiva e transcendente de moralidade, todas as questões morais nada mais são do que preferências pessoais subjetivas. Além do mais, mesmo descobrindo um “sentimento moral” dentro de nós, não significa que não exista lei moral objetiva fora de nós mesmos. Portanto, sem Deus não existe referencial fixo para o princípio de bondade!
Chapman não foi feliz ao concluir uma opinião sobre o Brasil sem ao menos analisar os fatos verdadeiros. Vejamos a afirmação dele: “Se você analisar sociedades com menos envolvimento religioso, como Suécia e Escandinávia, os países tratam seus cidadãos melhor do que países como Irã, Iraque, Paquistão e Afeganistão. Que fazem coisas atrozes às pessoas, a mulheres, crianças, artistas e homossexuais. Eu conheço o país muito bem, é que vocês tem um crescimento muito grande de fundamentalistas cristãos e evangélicos e eu acho que isso é algo que é preciso tomar cuidado, para que eles não ganhem muito poder.”
O Sr. Chapman formula muito mal o seu “fundamentalismo ateu”[3], pois mostra-se desonesto ao fazer um falso julgamento sobre o nosso país sem ao menos conhecê-lo, bem como comparar o Brasil à países com predominância de mussulmanos radicais. Bastaria para ele uma simples análise nas estatísticas do IBGE para constatar que os quase 200 milhões de habitantes no Brasil, 86,8% são cristãos, dos quais 64,6% católicos, 22,2% evangélicos; 10,8% sem religião/outros, 2% espíritas, 0,3% ubanda e candomblé.[4]
Se o raciocínio dele estivesse certo, o Brasil seria um país confessional e intolerante à outras religiões, não haveria democracia, teríamos atentados terroristas, perseguições religiosas e matanças por todos os lados. Ao contrário disto, somos um país miscigenado, aconfessional, onde convivem o afro-religioso, o espírita, o evangélico, o católico, o ateu, o mussulmano etc. Nossa Constituição Federal garante exatamente o contrário do que Chapman afirma: a liberdade religiosa e liberdade de expressão (art.3 inciso IV, art.5 incisos VI, VIII e IX ). No Estado democrático brasileiro, o respeito as crenças e valores filosóficos da sociedade provam explicitamente a democracia estabelecida. Inclusive o nosso país é presidido por uma mulher, além de possuir uma representatividade feminina muito forte nos três poderes: judiciário, legislativo e executivo. O povo elege diretamente suas lideranças através de voto popular. Portanto, comparar o Brasil com países intolerantes é completamente incoerente, pois é incompatível com a nossa realidade.
Por fim, o Sr. Chapman foi desonesto em utilizar de forma pejorativa o termo “fundamentalismo cristão”. Comparar os fundamentos cristãos bíblicos com distorções religiosas violentas é um absurdo. Os fundamentos do cristianismo não são ofensivos, muito menos possuem alguma semelhança com países de predominância de mussulmanos radicais, pelo contrário, justamente por questões de intolerância religiosa que existem vários cristãos perseguidos, presos e até mortos nestes países. No cristianismo, os ensinos de Jesus Cristo convocam até mesmo ao amor pelos inimigos. “Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21-22).
Se o objetivo do Sr. Chapman foi criar polêmica para aproveitar a mídia em benefício de divulgar o seu filme, creio que a estratégia não foi das melhores. Com certeza, a grande maioria dos brasileiros não verá tal filme de conteúdo ateísta, inclusive eu.
Soli Deo Gloria!

Notas:
1 – Oswald 3. Smith, Litt. D., artigo extraído de Prayer Crusade, publicada por The Little Church by the Sea, mc.) Citado no livro: O que eles disseram a um passo da eternidade, John Myers, pp. 244, Worship Produções, D’Sena Editora. Para saber mais, clique aqui!
 2 – Adolf Hitler – Mein Kampf, de 1924. Quarta reimpressão. Londres: Hurst & Blackett, 1939, p. 239-40,242 [publicado em português pela Editora Cenrauro, Minha luta].
 3 – Embora muitos neo-ateus discordem do termo “fundamentalista ateu”, o mesmo tem sentido ao ser aplicado quando um ateu “fundamenta” suas convicções e segue à risca os preceitos derivados. Desta forma, a colocação ateísta de oximoro para tal termo é descartada, pois existe uma defesa dos fundamentos de convicções. Como diria P.E.Johnson: “Aquele q afirma ser cético em relação a um conjunto específico de crenças é, na verdade, um crente em outro conjunto de crenças.”
 4 – IBGE, senso demográfico 2010.

Fonte: Gospel Mais

http://colunas.gospelmais.com.br/o-fundamentalismo-neo-ateu-falacioso-e-desonesto-de-matthew-chapman_2163.html

Prazer Feminino


O sexo dentro da perspectiva divina além de garantir a procriação da espécie humana, proporciona ao casal o desfrute de uma verdadeira dádiva do Todo-Poderoso Deus. Sexo para Deus é um assunto tão sério, que ele instituiu regras e valores para que uma bênção não se transformasse em objeto de escárnio da licenciosidade humana. Infelizmente, no mundo não cristão o sexo foi transformado em uma "divindade", onde dinheiro, fama e poder operam juntos na movimentação de um sistema profundamente iníquo. Em Cristo, os homens e mulheres são reorientados a enxergarem o sexo de acordo com os padrões bíblicos; entretanto, ainda existem muitas barreiras a serem superadas, sobretudo no que concerne a satisfação plena do casal. Como disse anteriormente, o sexo não foi criado apenas para que o homem (cônjuge masculino) obtivesse prazer. O artigo abaixo da psicóloga Marisa Lobo procura mostrar onde e como o sexo também foi criado para que a mulher sentisse prazer. Marisa Lobo é psicóloga clínica, escritora, pós-graduada em saúde mental, conferencista realiza palestras pelo Brasil sobre prevenção e enfrentamento ás drogas, e toda forma de bullying, transtornos psicológicos, sexualidade da família, entre outros assuntos. Teóloga, ela é promoter e organizadora da ExpoCristo realizada no Paraná. Marisa é casada, tem dois filhos e congrega na IBB em Curitiba.

Por Marisa Lobo

Em minhas palestras sobre sexualidade da mulher ensino as mulheres para que serve o clitóris , e como sentir prazer sem tabus.
Muito tem se falado de sexo na igreja e é bom que a igreja se preocupe com esse assunto, pois muitas mulheres sofrem muito, por não saberem até onde podem ir, se podem, até onde se tem o direito de sentir prazer e etc. Há muitos tabus em cima da sexualidade da mulher que deve ser esclarecido com verdade e clareza a fim proteger a mulher e sua saúde mental.
Em minhas andanças pelo Brasil, vejo mulheres oprimidas por pregadores preconceituosos, que nem sequer sabem o que é sentir um orgasmo. Essa ignorância tem que acabar.
Recentemente, em uma de minhas palestras em uma grande Igreja no Brasil, uma mulher me disse que ouviu de um renomado pastor, que Deus apreciava tanto o sexo que envia anjos para observarem o ato. “Misericórdia!”, gritei. Fiquei imaginando a cena, você lá com o maridão e os anjos te olhando. Que coisa mais bizarra, parece voyeurismo. É o cúmulo da alienação e da opressão sexual. Pastores querendo até controlar o que as mulheres fazem e sentem no sexo com seus maridos? Ou foi uma forma subliminar de dizer não traiam seus maridos porque Deus está vendo? E por acaso já não sabemos disso?!
Em minha visão e opinião como palestrante do assunto e uma mulher Cristã que respeita princípios, isso é uma forma de constranger, oprimir e induzir à culpa. A fala deste pastor fez com que essa mulher se sentisse fiscalizada na hora do sexo. Resultado? Ela estava tendo um péssimo sexo, onde só o marido atingia o orgasmo, ou seja, só o homem sentia prazer. Isso gera mulheres frustradas em sua sexualidade, em consequência: mais dores de cabeça, TPM, nervosismo, etc.
Essas e muitas mulheres que encontro em minhas palestras são vítimas dessas que eu chamo claramente de heresias, acreditando que fazer sua obrigação como mulher é dádiva e sentir prazer não é seu direito ou é algo supérfluo.
Primeiramente, quando falamos de sexo, não podemos usar a palavra obrigação, pois obrigação não combina com prazer. Se Deus quisesse que a mulher não sentisse prazer no ato sexual, não teria lhe dado o clitóris, que só serve para dar prazer a mulher durante o ato sexual.
 “Fugi dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas” (Marcos 12:38)
Em conversas mais íntimas com essas mulheres em todo Brasil, pude observar que é geral a ideia que para ser cristã, uma mulher de Deus, é necessário ceder ao marido apenas como obrigação. Eu ensino que “ceder” ao marido é uma ótima brincadeira e vai te deixar muito mais feliz se entender o que realmente Deus quis dizer com isso, eu digo sempre que Deus quis dizer “se deleite minha filha, é direito seu!”.
A Palavra de Deus é viva e eficaz, portanto, os pregadores devem usá-la na amplitude do que é. O líder espiritual eficiente é o que ministra a Palavra e atinge a tricotomia do ser humano: o corpo, a alma e o espírito.
 “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula” (Hebreus 13.4). Nos originais em grego, a palavra traduzida por leito é sexo. Que os líderes evangélicos vençam os seus tabus e consigam usar a Palavra a fim de criar maior honra no matrimônio, no sexo entre cônjuges, diz o Pr Josué Gonçalves.
Temos que mudar urgente esses conceitos, a mulher tem o direito dado por DEUS em seu corpo de sentir orgasmo. Pelas estatísticas mundiais somente 35% das mulheres já atingiram orgasmo, essa porcentagem fica ainda maior quando imputamos culpa em nossos membros e não ensinamos as mulheres que DEUS lhes deu liberdade no corpo, alma e espirito para gozar com seu marido literalmente de todo prazer em sua vida sexual.
 “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da sua vida…” Eclesiastes 9.7.
O sexo com prazer é um dom que Deus dá às pessoas casadas para o prazer de ambos e não como dizia a era Agostiniana: “um mal necessário, somente para procriação”.
Principalmente a mulher cristã, deve relaxar tendo em mente que Deus quer sua felicidade e pensou muito em seu prazer, por isso temos um clitóris e curiosidade. Podemos atingir orgasmo múltiplos e quantas vezes quisermos, já o homem sabemos ser mais difícil.
Deus foi tão sábio que com a mulher ensina o marido (homem) a ser mais carinhoso. Para a mulher atingir o orgasmo, o homem precisa estimulá-la com muito carinho e paciência. Homens que tratam mulheres com agressividade por exemplo não conseguem de maneira alguma satisfazer suas mulheres, pois nós precisamos estar psicologicamente e fisicamente relaxadas, e ainda muito mais motivadas que o homem. São dois opostos que se atraem, vejo como uma linda brincadeira de Deus para nós.
E como é bom para o homem satisfazer sua esposa, ele se sente mais macho, mas isso só será possível se ele estimular com carinhos variados, com palavras e atitudes todo o corpo de sua amada esposa e principalmente em seu clitóris. Não é tarefa fácil mas se querem uma esposa ardente, devem mudar seus conceitos.
Quem ama a sua esposa, ou esposo, acha nela ou nele a sua beleza, jamais sentirá condenação em colocar a boca ou as mãos em qualquer parte do seu corpo, pois os dois já são uma só carne. Fazer carinhos nela é estimular você, pois somos uma só carne, lembra?
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera saúde sexual um dos parâmetros para qualidade de vida junto com o bem estar físico, mental e social.
Para a mulher estar bem com a sexualidade e ter satisfação sexual com o seu esposo, ela tem que se conhecer e saber onde quer e deseja ser estimulada e acariciada. Com certeza haverá muito mais troca! Essas trocas de carinhos são importantes na Manutenção da Interação da Vida do Casal, claro que não devemos associar o prazer sexual somente ao orgasmo, mas quem consegue atingí-lo, tem mais saúde emocional, física e espiritual, pois se sente mais feliz e disposto.
Portanto, dificuldades sexuais podem sim afetar a vida pessoal, social e profissional, por implicar em baixa de auto-estima. Por isso ensino mulheres a conhecerem seu corpo, a entender seus problemas sexuais, suas dores e principalmente a exercitarem o sexo, não como uma simples forma de satisfazer seus maridos, no entanto e principalmente, satisfazer a si mesma como direito adquirido por Deus. Assim sendo, a mulher que sabe o que é um orgasmo será muito mais feliz e fará seu marido se sentir o máximo.
Lembre-se que Deus fez o seu corpo e de seu marido para que ambos sintam todo o prazer que o sexo oferece, no contexto do casamento (Hb 13.4 e 1 Co 7.3,4).
Bom sexo para você mulher de Deus! Vamos fazer uma revolução em nossos lares e quanto aos jovens, espere respeite sua amada, bem como meninas se guardem para viverem um casamento feliz com uma sexualidade saudável. Falaremos disso em outro artigo.

Fonte: Gospel Mais

http://colunas.gospelmais.com.br/prazer-feminino_2262.html

domingo, 15 de julho de 2012

Sexualidade evangélica - você não está sozinho

      A reportagem abaixo me causou uma grande comoção. Numa época onde as pessoas podem professar tudo o que acreditam em relação à sexualidade, exceto se seus princípios forem norteados pela Palavra de Deus, chega a ser gratificante saber que tantos jovens evangélicos firmaram o compromisso de manterem essa pureza recomendada pelo livro divino. E esse movimento tem tudo para crescer... Você, caro jovem evangélico, não está sozinho na luta contra a carne e o pecado. Além de inúmeros outros suportarem as mesmas tentações que você, Jesus Cristo o Senhor da vida, também está ao seu lado nos mais difíceis momentos de sua existência.






quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mundo estranho mundo


O artigo abaixo extraído do site do ativista cristão Júlio Severo, reafirma o que já vem sendo observado no mundo ocidental, sobre a posição da imprensa e da grande mídia em relação ao conflito entre religião e sexualidade. Acusa-se a religião, sobretudo o cristianismo, de tudo o mais abominável que se possa imaginar. Acredito que cultura, religião e sexualidade são comportamento que adquirimos em nosso convívio social motivados por fatores externos e internos. O mesmo argumento poderíamos atribuir às preferências sobre esportes, cores, roupas, alimentos e bebidas. O que mais impressiona é a divulgação quase que cotidiana do discurso da "diversidade". Mas para que esse discurso seja legítimo, o outro que discorda de mim precisa ser respeitado em suas convicções. Isso não passa pela aceitação do discurso do outro, mas do fato, de que tanto eu como ele precisamos ter o mesmo espaço para garantir a defesa do que acreditamos. Logo, impedir ou cercear o direito dos cristãos de promoverem na sociedade aquilo que acreditam, e pura e simplesmente rotular a todos de homofóbicos, me parece ser uma ideia bastante perigosa.

Por Eguinaldo Hélio de Souza

Estamos vivendo em uma era bastante estranha. Uma era na qual a religião é vista como um mal social e as preferências sexuais como direito inalienável. O que eu creio deve ficar guardado a sete chaves em um baú escondido embaixo da minha cama. E os desejos sexuais de muitos, não importam quais sejam, devem ser respeitados como sacrossantos, acima de qualquer julgamento. No caso de um choque entre conceitos religiosos e preferências sexuais, estas últimas têm todas as regalias e todas as primazias, sem levar em conta o desejo da maioria, a opinião de cidadãos responsáveis, as tradições, a história, a cultura e sequer a ciência. É um mundo estranho.
Recentemente um advogado reclamou do fato da Justiça paulistana estar negando converter a união estável de pessoas do mesmo sexo em casamento. Ele acredita que os juízes agem “por questões religiosas e pessoais” e esse tipo de discurso tem se tornado uma arma retórica poderosa nas mãos daqueles que querem fazer valer sua opinião. Alguém que tenha convicções religiosas é logo acusado de estar agindo conforme elas, seja isso verdade ou não. Aplaude-se o “orgulho gay” enquanto sutil e sistematicamente se tenta sufocar qualquer “orgulho cristão”.
Quando William Carey chegou à Índia havia um costume cruel e desumano chamado sati — as viúvas eram queimadas sobre o túmulo dos maridos. Na visão dos indianos tal prática era normal e muitas viúvas aceitavam sem reclamar. Todavia, “a visão religiosa” de Carey não conseguiu aceitar isso como certo e motivado por sua “visão religiosa” ele conseguiu que tal prática fosse abolida. As viúvas da Índia agradecem que alguém tenha agido por “questões religiosas”.
E o que falar dos sacrifícios humanos no México onde as vítimas tinham seus corações arrancados ainda vivos? E o que dizer dos infanticídios ao redor do mundo? E o que dizer do canibalismo entre diversos povos nativos, tão normal quanto comer um bife e que só terminaram porque milhões de missionários cristãos se opuseram devido aos seus conceitos “religiosos”? Ao contrário do que dizem os marxistas a escravidão, uma instituição milenar no mundo, terminou porque um grupo de cristãos, movidos pelos seus “conceitos religiosos” pressionou o Parlamento inglês. Caso desconheçam o fato procurem saber quem foi William Wilberforce.
Estamos vivendo num tempo onde o doce é chamado de amargo e o amargo é chamado de doce. Onde a luz é considerada escuridão e a escuridão luz. Onde o bem é mal e o mal é bem. Onde declarar-se gay é motivo de orgulho e declarar-se cristão é visto como vergonhoso. Literalmente, o número dos que acham bonito ser feio tem crescido assustadoramente.
O mais esquisito em tudo isso é que agora não se trata mais de um simples Ló, um temente a Deus ilhado em um mar de sodomitas e gomorritas que não aceitam seu estilo de vida e por isso ele se sente acuado. Agora é um punhado de sodomitas e gomorritas que acuam um imenso mar de ditos cristãos e estes são obrigados a negar diante do mundo suas convicções sob o risco de serem linchados. A maioria deve calar-se porque é cristã, então sua opinião não vale.
Sem dúvida alguma, as leis e os tempos estão sendo mudados. A “transmutação de todos os valores” como queria Nietzsche está em andamento. Uma nuvem escura se projeta no horizonte, muito mais escura do que aquela que um dia mergulhou a Alemanha em uma barbárie da qual até hoje se lamenta. Não é de admirar que o filósofo louquinho veja prevalecer seu vaticínio infernal sobre um mundo que rejeita o amor e a luz de Deus. Não é difícil imaginar porque “veio o dilúvio e levou a todos” (Lucas 17.27).
Mundo estranho mundo.

Fonte: Júlio Severo

http://julioseveroenespanol.blogspot.com.br/2012/07/mundo-extrano-mundo.html