sábado, 27 de setembro de 2014

Fiscalização inteligente no trânsito

     Longe de mim, questionar qualquer alternativa não "politicamente correta", que tenha como objetivo ampliar a mobilidade dos contribuintes e garantir o livre direito de ir e vir dos cidadãos. Regular o trânsito e torná-lo mais seguro para motoristas, transeuntes, pedestres, ciclistas, passageiros e motociclistas é uma atitude que nenhum governo deve se omitir. Mas, sempre considerei estranho a mórbida preocupação com a instalação de máquinas que visam penalizar o cidadão (cobrança de multas legítimas após uma infração), mas que deixam de lado a manutenção das estradas, ruas e corredores para ônibus, carros e motocicletas. Será que o mau motorista é o único responsável pela falta de segurança no trânsito? Será que apenas ele deve ser punido?

Opiniões "politicamente incorretas"

Me surpreendi com as três opiniões editadas pelo Diário de Pernambuco e publicadas na edição que se segue, em abril deste ano. Diferentemente do que estamos acostumados a ouvir com frequência, todos os articulistas fogem ao que posso denominar "lugar esquerdisticamente correto". No primeiro artigo Carlos Alberto di Franco, destoa abundantemente dos atuais analistas sociais que insistem em afirmar que o grande responsável pela criminalidade e outros problemas sociais que atingem grande parte da nossa juventude, seja única e exclusivamente as desigualdades sociais ou a falta de oportunidades. Não que eles deixem de se fazer presentes, mas o problema se soma a outros que são ignorados ou taxativamente combatidos, como o esfacelamento da família, uma pedagogia omissa, o entretenimento sem valores éticos e a vulgarização da autoridade.
No segundo artigo, Ednaldo Bezerra questiona o silêncio dos militares diante das propaladas explicações esquerdistas para o que aconteceu em 31 de março ou 1 de abril de 1964. Argumenta sobre a importância do exército brasileiro e levanta novamente a polêmica do termo "ditabranda" usado em editorial na Folha de São Paulo e que gerou muita controvérsia em 2009.
Por sua vez, Assuero Gomes encerra a lista dos três artigos discutindo o surgimento e o desenvolvimento do mal na vida das pessoas, se baseando sobretudo nas teses defendidas por Hannah Arendt. Para o articulista, o mal pode atingir qualquer nação, começando a partir da baixa estima das pessoas, passando pelos interesses governamentais, a concessão de diversões, privilégios e outros benefícios que levam o indivíduo a enxergar a democracia como "firulas da burguesia", tornando os governados pessoas extremamente suscetíveis ao totalitarismo.