sábado, 24 de janeiro de 2015

Devemos legalizar a maconha?

  Qual é a sua resposta para essa pergunta? Intelectuais, artistas e pessoas esquerdisticamente corretas, além de serem a favor do que chamam de uso recreativo da cannabis, fazem um poderoso lobby contrário aos grupos e entidades sociais que lutam contra a regulamentação do uso dessa substância sem acompanhamento médico. Interessante refletir sobre uma frase citada pelo médico cancerologista Rogério Brandão: "Em nenhum país do mundo que liberou a maconha, os resultados foram bons".

Da seca ao saque do capitalismo

    A greve da Polícia Militar realizada no ano passado foi de fato inesquecível não apenas pelos transtornos causados à população, mas também pelas cenas de selvageria que atingiram a Região Metropolitana do Recife, com saques organizados por populares, que em sua grande maioria não possuía qualquer antecedente criminal. A discussão sobre o que motivou as pessoas a fazerem isso (levando em consideração que muitos objetos roubados são bens de consumo duráveis, portanto não são gêneros de primeira necessidade), deve estimular algumas pesquisas e reflexões sobre o assunto. Mas, uma coisa se observou naquela ocasião e que deve ter estimulado muitas pessoas a refletirem sobre suas atitudes e a devolverem os objetos roubados: a exposição na mídia e nas redes sociais. Os saques foram exaustivamente filmados pela imprensa e por populares com apenas um celular ou câmera fotográfica na mão. Diversos vídeos viralizaram nas redes sociais expondo vizinhos, parentes e conhecidos ao ridículo, a execração pública ou à ação da polícia. Se o senso de impunidade pode ter estimulado alguns populares a agir no calor do momento, a divulgação de suas ações nas redes sociais e na internet os colocava em uma situação negativa ou vexatória perante os seus conhecidos. Talvez a melhor resposta para o problema tenha sido dada pelo delegado entrevistado pela reportagem. "Eu não quero chegar a conclusão que o povo brasileiro, além de mal educado, está numa degradação moral, mas os fatos indicam isso".

Violência que assusta

    O artigo surpreende porque a educação brasileira enfrenta problemas que são bastante conhecidos pela comunidade científica e pela população de forma geral. Que a violência é uma realidade do cotidiano das escolas não chega a ser uma grande novidade, manifestando-se de formas bem variadas, abrangendo desde a violência física, passando pela simbólica, verbal, escrita, psicológica, moral etc. O que espanta é o percentual de brasileiros entrevistados que considera ser a violência o pior problema da escola. Outra coisa curiosa é a explicação apontada pelos especialistas como um dos maiores responsáveis por essa violência: a desvalorização dos professores. Ninguém questionou até que ponto o estudante enxerga a escola como um espaço para a mediação do conhecimento, quando sai de casa e se dirige a um estabelecimento de ensino. Mas, para os entrevistados, controlar essa violência é condição imprescindível para a concretização de uma educação de qualidade. Como fazer esse controle? Essa é a questão.

Uma nova liga contra o football

   O futebol contemporâneo vem assustando pelas constantes cenas de barbárie e violência. Desde a violência generalizada dentro dos estádios ao encontro de torcedores rivais em suas imediações, o futebol já perdeu potenciais simpatizantes por causa de toda essa loucura. O artigo abaixo desenterra uma discussão que não é nova e já mobilizou outra campanhas contra o "esporte bretão" e sua prática no Brasil. No final é possível avaliar até que ponto o intelectual Afonso Henriques Lima Barreto acertou em suas predições sobre o futebol.

Pornografia faz mal ao cérebro

     A pesquisa que se segue reafirma os valores tradicionais cristãos sobre o consumo de material considerado pornográfico ou sexualmente antibíblico. Ela parece fundamentar o esforço de pregadores e ativistas pelo mundo, para quem a pornografia contemporânea transforma as pessoas em escravas do hedonismo, reduz as funções de homens e, sobretudo, de mulheres a meros objetos de prazeres sexuais e vem sendo apontado como um potencial inimigo das relações conjugais baseadas na monogamia heterossexual e na fidelidade entre os cônjuges.

Os caminhos da cana

    Do período colonial até os atuais processos de fabricação de açúcar, a tecnologia modificou, mas manteve uma certa base do modo de produção açucareiro, que movimentou a economia de grande parte da zona da mata nordestina, incluindo o município de São Lourenço da Mata, reconhecido pelo porte de produção no Brasil colonial e até recentemente pela Usina Tiúma. O infográfico que se segue mostra detalhadamente como o açúcar, a cachaça e o etanol são produzidos a partir do caldo da cana.

A educação no Brasil

     O artigo escrito pelo educador Ezequiel Escobar tem o mérito de trazer para o debate alguns problemas que entravam a educação brasileira, como a ausência de uma fiscalização mais efetiva sobre os recursos didáticos e pedagógicos que são enviados ás escolas, para subsidiar as atividades em sala de aula ou propiciar a formação continuada dos educadores. Se por um lado o artigo não se exime de cobrar uma solução meritocrática, que atinja gestores e coordenadores pedagógicos, por outro o educador se cala quando na maioria das vezes os seus pares são contra a aplicação desse mesmo mecanismo, estimulados inclusive pelos diversos sindicatos que afirmam defender uma educação de qualidade.