A denúncia que se
segue não chega a ser uma novidade. Muitas escolas se transformaram nos últimos
anos em território sem lei, onde prevalecem a ausência de respeito à autoridade,
a violência e o tráfico de drogas. Todavia, cafetões e aliciadores de menores, perceberam
que as escolas também podem fornecer garotos e garotas para servirem ao mercado
da imoralidade e da prostituição. Se traficantes já rondam as escolas
procurando transformar estudantes em potenciais consumidores de drogas, os
aliciadores atraem os alunos com propostas de enriquecimento ou a realização de
serviços variados. Torna-se fundamental a presença da família na escola e o diálogo
constante com os filhos sobre esses problemas.
Um espaço para discussão e análise de temas ligados a educação, política, economia, teologia, evangelismo, sexualidade, cidadania, história e geografia.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Denúncias de corrupção envolvem a Secretaria de Educação e Lazer da cidade do Recife
Sou professor
concursado e efetivo da rede municipal da cidade do Recife. É muito comum nas
campanhas salariais, a prefeitura afirmar que não tem dinheiro para aumentar os
salários e que vem realizando estudos técnicos para viabilizar uma educação de
qualidade em todas as escolas. As denúncias que se seguem são graves. Mas
graves, não apenas porque são denúncias de corrupção como tantas outras que
existem pelo Brasil. Essas denúncias são a prova mais clara, de que existem recursos
para disponibilizar uma educação decente aos filhos dos trabalhadores e
contribuintes, já esmagados com uma absurda carga tributária. Muitos reclamam
da ausência de investimentos em saúde, educação, transporte, moradia etc. Eu
penso diferente. Existe muito dinheiro e investimentos nessas áreas. O grande
problema, é que a maior parte do que é disponível, se perde na corrupção e nos
intrincados meandros de um Estado inchado, gigante, ineficiente, pouco transparente
e extremamente burocratizado. Os recursos que deveriam chegar a um determinado
fim, são desviados para outras finalidades, inviabilizando o desenvolvimento de
setores específicos para a população brasileira. São denúncias. Nada ainda foi
provado. Mas tudo isso merece uma severa investigação.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Reportagem do Jornal do Commercio aborda uma possível emancipação dos bairros de Cavaleiro e do Curado, do município de Jaboatão dos Guararapes
Sou jaboatonense nascido no hospital Nossa Senhora de
Lourdes, no bairro de Cavaleiro em Jaboatão dos Guararapes, em 1978. Cresci
no bairro do Totó, posteriormente fui para os limites entre Totó (Planalto) e
Cavaleiro (bem próximo ao rio Tejipió) e em 1988, com dez anos de idade, minha
família se mudou em definitivo para São Lourenço da Mata. Tudo relacionado a Cavaleiro
e Jaboatão me interessa.
Até porque, se a
proposta abaixo
for levada adiante
eu não sei onde
ficará
parte do meu coração
Se em Cavaleiro
ou em Jaboatão.
A BR dos 101 buracos
A BR-101 faz parte da
vida diária de muita gente no Brasil, inclusive da minha. Quase todos os dias
trafego por esta estrada e reconheço que parte da riqueza do país passa por
ela. Todavia, apesar de sua importância para a economia brasileira, a BR-101 não
possui um plano efetivo de preservação, suas placas de concreto são bastante
antigas e os reparos realizados apenas cobrem os buracos, mas não substituem as
placa danificadas. Uma combinação de tráfego intenso, sol, chuva e falta de
manutenção, tornam a BR-101 uma das mais perigosas para transitar no Estado de
Pernambuco. Em 2014, uma nova reportagem abordou o mesmo problema.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Considerações sobre o crescimento dos evangélicos no Brasil
Por Luciano Borges de Santana
Com a divulgação do dados,
projeções e estimativas que apontam o crescimento dos evangélicos no Brasil ao
longo das últimas décadas, especialistas e religiosos vem discutindo as razões
desse crescimento, o cotidiano daqueles que professam a fé e que implicações
esse crescimento teria sobre a mentalidade social, as instituições políticas e
o próprio exercício da cidadania pelo segmento evangélico. Ainda poderia se questionar
se esse crescimento seria o resultado da apresentação a sociedade de um
evangelho comprometido com os ensinamentos bíblicos, ou a acomodação das
exigências bíblicas ao gosto individual de uma sociedade que cultiva o
"ter" e não o "ser", o hedonismo e o efêmero como valores
absolutos. Nessa discussão também pode se refletir sobre que tipo de igreja
existirá no futuro a partir do comportamento e do 'modus vivendi" dos
evangélicos contemporâneos.
Número de brasileiros em cada religião/Censo 2010
|
|
Religião
|
População
|
Católica apostólica romana
|
123.280.172
|
Evangélicas
|
42.275.440
|
Espírita
|
3.848.876
|
Umbanda, candomblé e religiões afrobrasileiras
|
588.797
|
Outras religiões
|
5.185.065
|
Sem religião
|
15.335.510
|
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE)
|
Fonte: Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE. Disponível
em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/06/numero-de-evangelicos-aumenta-61-em-10-anos-aponta-ibge.html>.
Acesso em: 05 jul. 2013.
Brasileiros, por sexo, em cada religião/Censo 2010
|
||
Religião
|
Homens
|
Mulheres
|
Católica apostólica romana
|
61.180.316
|
62.099.856
|
Evangélicas
|
18.782.831
|
23.492.609
|
Espírita
|
1.581.701
|
2.267.176
|
Umbanda, candomblé e religiões afrobrasileiras
|
269.488
|
319.310
|
Outras religiões
|
2.364.696
|
1.122.524
|
Sem religião
|
9.082.507
|
6.253.004
|
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas (IBGE)
|
Gráfico
comparativo de religiões entre os anos 1940 e 2010. Disponível em: <http://noticias.gospelmais.com.br/ibge-populacao-evangelica-cresceu-61-38288.html>.
Acesso em: 05 jul. 2013.
Status atual das religiões no Brasil. Disponível em: <http://noticias.gospelmais.com.br/ibge-populacao-evangelica-cresceu-61-38288.html>.
Acesso em: 05 jul. 2013.
Quando analisamos os
primeiros 13 capítulos do livro de Atos do Apóstolos é possível perceber que
entre a ascensão de Jesus Cristo e a primeira viagem missionária, os discípulos
experimentaram um vertiginoso crescimento no número de seguidores. Algumas
referências citadas ao longo do livro apresentam indícios contínuos desse
crescimento. Comecemos pelo início. Em At. 1.12-14 lemos que: Então, voltaram para Jerusalém, do monte
chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado. Quando
ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago,
André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote,
e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as
mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele. Pela descrição do
texto bíblico é possível observar que poucas pessoas seguiam o Mestre, sendo
razoável constatar que muitos que seguiram a Jesus anteriormente, naquele
momento possuíssem alguma forma de medo, devido aos incidentes dos dias
anteriores, entre a prisão e a ascensão do Senhor. Entretanto, com a primeira
pregação apostólica pública após a morte de Jesus, houve uma conversão em massa
e At. 2.41 afirma que: Então, os que lhe
aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase
três mil pessoas. A igreja continuou a crescer. Em At. 2.47 lemos: Louvando a Deus e contando com a simpatia de
todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam
sendo salvos. Mais adiante reconhece-se que uma multidão de pessoas seguia
a Jesus. At. 4.32: Da multidão dos que
creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem
uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Até mesmo muitos
sacerdotes passaram a obedecer a fé. At. 6.7: Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número
dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé. E nos
capítulos seguintes, o evangelho espalhou-se pelas cidades vizinhas a
Jerusalém, pela Judéia e por Samaria.
O crescimento da
igreja, a vida comunitária e o exercício da fé em um ambiente hostil,
produziram conflitos internos e problemas externos que demandaram soluções
inteligentes e firmeza com relação às convicções religiosas. Aqueles cristãos
não temiam o "politicamente correto". Quando solicitados a manterem
suas crenças na esfera do espaço privado e não pregarem o evangelho de Jesus
Cristo, a resposta foi taxativa. At. 4.15-20: E, mandando-os sair do Sinédrio, consultavam entre si, dizendo: Que
faremos com estes homens? Pois, na verdade, é manifesto a todos os habitantes
de Jerusalém que um sinal notório foi feito por eles, e não o podemos negar; mas,
para que não haja maior divulgação entre o povo, ameacemo-los para não mais
falarem neste nome a quem quer que seja. Chamando-os, ordenaram-lhes que
absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus. Mas Pedro e João
lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros
do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e
ouvimos. Para aqueles cristãos perder bens, rendas, títulos, posses,
riquezas ou a própria vida e serem ridicularizados ou hostilizados pela
sociedade era o que menos importava. Será que a igreja evangélica brasileira em
crescimento estaria disposta a isso também?
Mais adiante rapidamente
a igreja se deparou com a hipocrisia religiosa e o exercício superficial da fé.
O episódio se encontra em Atos 5.1-11 e narra o desfecho trágico de Ananias e
Safira, que se passando por piedosos, deram a entender que repassavam à igreja
o valor total de uma venda, quando na verdade retiveram parte dela. Deus que a tudo conhece, revelou as intenções do casal
ao apóstolo Pedro, que prontamente profetizou o juízo divino: ambos morreram
súbita e publicamente, caindo o temor sobre todos. At. 5.21: E sobreveio grande temor a toda a igreja e a
todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos. Os apóstolos não se
intimidavam diante de "dízimos e ofertas" ou influência social,
política e econômica. Se o pecado tinha que ser denunciado isso era feito com
rigor. Será que a igreja evangélica brasileira em crescimento estaria disposta
a isso também?
Como a igreja se
expandia em uma sociedade hostil, não tardou para ocorrer as primeiras
perseguições religiosas. Optei pelo termo "perseguição" e não
"intolerância" porque o primeiro me parece ser mais amplo e envolve a
articulação político-estatal associada com a religião e demais estruturas de
poder (At. 4.1-3). A perseguição se aprofunda após o martírio de Estevão (At.
7.59) e aprofunda-se com Saulo (At. 8.1,3). Todavia, a dispersão provocada
pelas perseguições, longe de destruir a fé dos cristãos, produziu muito mais
crescimento. At. 4.4-8: Entrementes, os
que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. Filipe, descendo à
cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As multidões atendiam, unânimes, às
coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. Pois os
espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos
paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela cidade.
Será que a igreja evangélica brasileira em crescimento estaria disposta a
suportar qualquer forma de perseguição, sem abandonar os princípios bíblicos,
utilizando as vicissitudes da vida, também como estímulo para a pregação do
evangelho?
Como a igreja é
formada espiritualmente pelos convertidos de todas as etnias, grupos e classes
sociais, no princípio da estruturação do cristianismo não tardou para que essas
tensões aparecessem. Em At. 6.1-7, além da instituição dos primeiros diáconos é
explicado também o motivo que deflagrou a criação desse ofício eclesiástico.
At. 6.1: Ora, naqueles dias,
multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas
contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na
distribuição diária. Entretanto, longe de abandonar a pregação da Palavra
de Deus ou substituí-la por um "evangelho social" ou de "causas
sociais", os apóstolos reconheceram a importância de se ajudar os menos
favorecidos, constituíram os diáconos sobre este ministério e continuaram
normalmente a exposição das verdades cristãs. At. 6.2-6: Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é
razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas,
irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e
de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a
comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe,
Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos
perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. Será que a
igreja evangélica brasileira estaria disposta a não confundir a pregação do
evangelho com ativismo e colocar a supremacia da Palavra de Deus acima de
qualquer problema social?
Outros problemas poderiam ser ainda
apresentados, como os conflitos gerados pela conversão de Cornélio e a
consequente entrada dos gentios no corpo espiritual de Cristo (At. 10-11) e a
fome que atingiu as igrejas na Judéia, socorridas em grande parte com o auxílio
de outras igrejas (At. 11.27-30). As soluções que os cristãos encontraram para
os seus problemas nasciam na motivação em se fazer cumprir o ide de Jesus
Cristo, com relação a pregação do evangelho a toda criatura (Mc. 16.15). O
evangelho implica uma forma de salvação exclusivamente através de Cristo (Jo.
14.16; At. 4.12), uma vida de renúncia mediante a aceitação dos ensinos de
Jesus (Mt. 11.28-30) e a expectativa de que o mesmo Cristo morto e
ressuscitado, voltará um dia para galardoar aqueles que o amam, conforme At. 1.9-11:
Ditas estas palavras, foi Jesus elevado
às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando
eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões
vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus,
por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto
ao céu virá do modo como o vistes subir. Veja também Fp. 3.20-21: Pois a nossa pátria está nos céus, de onde
também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o
nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a
eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas. Será
que a igreja evangélica brasileira estaria disposta a defender esses mesmos
princípios, sem corromper o evangelho doutrinariamente e transformá-lo em
ativismo social ou fonte de lucro para lobos vestidos como ovelhas? É muito
importante pensar sobre isso, pois dependendo de como a igreja atual responder
as perguntas que formulei ao longo do artigo, se estruturará a igreja que
veremos no futuro.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Muito além da Marcha da Maconha
Apesar de chegar um
pouco atrasada, a reportagem abaixo trata de um assunto que se encontra na
ordem do dia: as drogas. Minha posição é firme. As drogas são essencialmente
algo negativo, jamais deveriam ser estimuladas socialmente e as famílias
precisam ter acesso a todas as informações possíveis. As drogas constituem um
problema que não afeta apenas o indivíduo em particular, mas que envolve toda a
sociedade. Todavia, há setores específicos da sociedade que lutam pela
legalização, por exemplo da maconha. Mas, se antes, a luta pela legalização
restringia-se ao uso de determinadas drogas, a reportagem que se segue mostra
que há movimentos pretendendo expandir o conceito de liberalização para todas
as drogas
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