Existe o ex-gay? Essa pergunta divide até mesmo a militância homossexual.
Não são raros os casos de pessoas que abandonam a homossexualidade, ou pelo menos,
afirmam ter feito isso e passam a viver como heterossexuais. Grande parte das
pessoas que repensam sua construção sexual são motivadas por aspectos ligados a
religião, sobretudo a fé cristã. A entrevista abaixo, apresenta um diferencial
em relação a outros testemunhos já existentes na mídia virtual e impressa. Eduardo
Rocha não foi um homossexual qualquer. Foi também um ferrenho militante dessa
causa. Outro detalhe interessante. A entrevista foi concedida a um dos maiores
inimigos da causa homossexual no Brasil: o ativista evangélico Julio Severo.
Um
abuso sexual na infância o levou à identidade homossexual. Já na adolescência,
Eduardo Rocha defendia publicamente a agenda gay, se tornando famoso em sua
identidade de travesti.
Eduardo
deu uma entrevista exclusiva ao Blog Julio Severo, contando sobre suas
experiências e transformação.
Blog
Julio Severo: Qual foi a causa de sua entrada na prática homossexual?
Eduardo
Rocha: Desde
pequeno, eu sentia que era “alguém diferente”. Aos 16 anos participei do
Encontro Nacional de Adolescentes em Salvador na Bahia, em 1999, defendendo a
“Agenda Gay”. Com 17 anos de idade já me travestia e tinha meu programa de TV,
“Grevâniah Rhiuchélley”, que chegou em 2002 ao segundo lugar em audiência no
SBT para a região do Triângulo Mineiro. Eu era um militante do movimento homossexual,
um gay “assumido” e acreditava piamente que havia nascido assim e que mudar
essa condição era totalmente descabido. Hoje, após quase 10 anos da minha
conversão, atribuo a entrada na prática homossexual a fatores espirituais,
emocionais e comportamentais. Em meu caso, sofri abuso sexual quando criança,
não tive uma referência tangível de fé na minha família e tive um pai que
emocionalmente foi bem distante de mim. Hoje entendo que a ausência da
referência paterna contribuiu para a formação da minha identidade como
homossexual. Veja este vídeo sobre a vida do Eduardo: http://youtu.be/1o7XB73haiw
Blog Julio Severo: O que deixa você mais inquieto na prática
homossexual?
Eduardo
Rocha: Atualmente
recebo inúmeros e-mails, contatos, ligações e pessoas me procuram pessoalmente
pelo fato de não estarem felizes com sua sexualidade. Os motivos que levam
essas pessoas a esse descontentamento são inúmeros:
* o
fato de crerem mediante uma convicção legítima de fé que este comportamento é
errado;
* por
sentirem que o estilo de vida gay muitas vezes é promíscuo e relacionamentos
conturbados ou passageiros demais;
* o
risco de se contrair doenças sexualmente transmissíveis (principalmente AIDS,
já que os índices de infecção entre homossexuais homens são maiores do que
entre qualquer outro grupo)
*
outros riscos fisiológicos implicados no sexo anal (câncer de próstata e outras
doenças)
* o
fato de necessitarem de “arranjos" para se constituir uma “família”
*
pensamentos de suicídio e depressão, dentre muitos outros relatos que recebo de
inúmeros adolescentes, homens, mulheres e pais, todos os dias.
A
grande questão é o fato da militância gay querer proibir e coibir qualquer
cristão de dizer que a prática homossexual é errada ou pecaminosa. Imagine que
os homens que traem suas esposas desejem agora se organizar e dizer que a
poligamia é perfeitamente normal e deva ser socialmente aceita e que a igreja
pregar contra isso pode fazer com que esses homens sejam recriminados pela
sociedade ou ainda, atribuir que as mortes e violência ocorrida por causa de
traições conjugais são culpa da igreja, que ao pregar contra a traição no
casamento está incitando o ódio e a violência.
Vamos
supor ainda, que este grupo organizando-se politicamente pelos direitos dos
homens de trair passem a exigir que as crianças devam aprender na escola básica
que se o cônjuge delas traírem, ou elas traírem os seus cônjuges, não devem se
sentir mal por isso, pois o importante é serem felizes e satisfazerem os seus
desejos e impulsos sexuais.
Vamos
supor ainda que esse grupo passe a exigir que ninguém pode falar contra a
traição, pois se eventualmente na escola tiver algum aluno que seja filho de um
pai que tem várias amantes, essa criança poderá ser vítima de preconceito. Isso
seria totalmente descabido, mas é exatamente isso que os promotores de direitos
LGBT defendem, o direito de tornar normal e moral um comportamento imoral.
Imagine
que também todas as pessoas que já não são virgens e que tiveram diversas ou
diversos parceiros se organizem politicamente e se digam vítimas de preconceito
por parte da igreja e que a igreja deve mudar o seu discurso, pois no mundo
moderno não cabe mais a virgindade. Aliás, quem é virgem hoje ou defende o sexo
somente após o casamento, principalmente nas escolas, sofre todo o tipo de
perseguição e preconceito.
Ao
meu ver, este grupo, que diz lutar contra a intolerância se mostra o mais
intolerante e radical possível. O que percebemos claramente é que existe um
discurso de ódio à religião, à igreja e a tudo o que é moralidade no que tange
a comportamento sexual por parte deste ativismo, que sob o pretexto dos
direitos humanos se colocam como vítimas e se tornam verdadeiros algozes,
perseguindo, achincalhando, ameaçando, humilhando publicamente e cerceando os
direitos de qualquer um que se mostre contrário à agenda deles.
Devemos
deixar claro que nem todos os homossexuais são militantes e concordam com esta
agenda fascista, cheia de ódio, travestida de amor e de luta por direitos. Sem
dúvida, os que quiserem ser homossexuais e praticarem a homossexualidade devem
ter garantidos (como cidadãos, não por seu comportamento) seus direitos civis e
já o são. Eles têm o direito de não crer na Bíblia sagrada e desprezar os ensinos
do Cristo, mas não podem, sob o pretexto de lutarem por direitos, passarem por
cima da própria Constituição, impedindo o livre exercício do culto, a livre
expressão da crença e do pensamento, além de vilipendiar publicamente ato ou
objeto de culto religioso.
Recentemente
vimos o “ato” da marcha das vadias, onde elas cuspiram na Constituição,
cometeram crimes em praça pública e não houve intervenção do Estado, mostrando
claramente a omissão de nossas autoridades, expondo o nosso país a um caos da
ordem pública.
A
constituição garante a liberdade religiosa:
Art.
208. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função
religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso;
vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso;
Pena
– detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.
Parágrafo
único. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo
da correspondente violência.
A
liberdade de crença trata-se da simples liberdade de consciência, ou seja, do
cidadão optar e manifestar-se acerca de sua religião, como prevê o estatuto
constitucional “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da
lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias” assim como “ninguém
será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”
(art.5°, VI e VIII)
A
liberdade de culto exterioriza-se com a prática do corpo doutrinário e de seus
ritos, com suas cerimônias, manifestações, hábitos, tradições, na forma que
indicada para a religião escolhida. (art. 5°, VI, CF).
A
liberdade de organização religiosa tem dois primados, um refere-se à
organização da igreja em seu espaço físico como também a profanação de sua
crença, separando aos ditames ideológicos com o Estado, devido seu laicismo
declarado (art.19, CF)
É
alarmante o fato de eles quererem distorcer a mensagem da Cruz e transformarem
em crime no Brasil a pregação do Evangelho, seja por católicos ou por
protestantes, já que esse ponto é comum as duas religiões: a relação sexual
entre dois homens e duas mulheres é pecado e ponto final.
No
entanto, apesar de aparentemente preocupante, toda essa inversão social não
fará sucumbir a igreja e ainda que leis sejam aprovadas, por mais opressoras
que sejam, as portas do inferno jamais prevalecerão contra a igreja, ainda que
os cristãos passem a ser presos, o evangelho jamais estará preso. Toda lei
humana por mais severa e perversa que seja, não terá poder sobre a igreja do
Senhor Jesus Cristo. Nada, nem ninguém, poderá parar a Obra do Espírito Santo,
que continuará exercendo o seu papel de convencer os homens do pecado, da
justiça e do juízo de Deus.
Blog
Julio Severo: Há uma ideia imposta hoje de que a psicologia pode e deve ser
usada para manter homens nas práticas homossexuais, mas não pode ser usada em
favor dos homens que querem sair dessas práticas. O que você acha?
Eduardo
Rocha: É um
pouco estranho ver uma ciência ou uma profissão usada para servir a uma causa.
Esse jamais poderia ser o papel da psicologia. Acredito que esta ideia imposta
além de ser contraditória, não é unânime.
Já
conversei com inúmeros psicólogos que não são adeptos destas ideias e que
acreditam que o Conselho Federal De Psicologia tem tratado a psicologia como se
ela fosse uma ciência exata e ainda, coloca em cheque a credibilidade desta
classe profissional por tentar impor a agenda gay, usando o CFP para isso.
Além
de tudo, atenta contra a liberdade religiosa do profissional de psicologia ao
impor uma conduta e proibi-lo a fazer quaisquer considerações públicas
mostrando outras ideias ou possibilidades quanto ao tema homossexualidade,
fenômeno comportamental ainda pouco estudado do ponto de vista
científico.
Blog
Julio Severo: Você crê que Deus liberta os homossexuais sem psicologia?
Eduardo
Rocha: Acredito
que Deus está acima da psicologia. A psicologia, assim como qualquer ciência
humana sem Deus, não significa nada. Acredito que em todo conhecimento e em
toda a ciência, está a Glória de Deus. Entendo que a fé, ao tirar Deus do
centro e colocar o homem ou ainda a própria igreja ou as instituições
religiosas no lugar de Deus, cometeu ao longo da história suas atrocidades, o
que abriu o caminho para que a religião fosse separada de tudo, como se o homem
pudesse viver em um lugar e Deus estivesse em outra esfera. Foi aí então que
separou-se a religião como sendo algo a parte. Lembremo-nos da história da
humanidade, em que até pouco tempo atrás, tudo era religião, as sociedades se
organizaram, sobreviveram e evoluíram pelo fato de que a religião fazia parte
da sociedade (e apesar de alguns quererem exterminar a religião) ainda faz e
sempre irá fazer.
Quanto
à psicologia, o homem é corpo, alma e espírito. Acredito que a psicologia pode
oferecer conhecimento e ferramentas importantes para a libertação da prática da
homossexualidade, assim como para a prática de qualquer estilo de vida de
pecado, mas a resposta não se pode encontrar somente nela. Achar que a
psicologia por si só, limitada como é, que não tem poder para mudar a natureza
humana, pode transformar a natureza humana, isso é um equívoco. Não posso dizer
que um rapaz que tinha relação sexual com homens e agora tem relação sexual com
mulheres, foi liberto, pois entendo que libertação é a libertação da alma.
Eu
costumo dizer que me transformar de homossexual para heterossexual foi a menor
das transformações que Jesus realizou em minha vida. A mudança que ocorreu não
foi simplesmente eu ser liberto de um comportamento sexual ou de uma identidade
feminina, mas eu fui regenerado na minha natureza. A obra do Espírito Santo
transforma criaturas em filhos de Deus, homens naturais, em homens espirituais,
pecadores em santos e isso a psicologia está longe de fazer. Quando alguém me
diz o comportamento homossexual é “natural”, em partes eu não discordo, pois a
natureza do homem é pecadora e portanto, todo pecado está impregnado nesta
natureza, seja ele qual for.
Blog
Julio Severo: Há uma grande afinidade entre religiões afro-brasileiras
(candomblé, por exemplo) e homossexualidade. O deputado gayzista Jean Wyllys
disse que foi guiado por exus para entrar na política. Luiz Mott, o líder
máximo do movimento homossexual no Brasil, é também simpatizante das religiões
afros. O que você acha dessa relação?
Eduardo
Rocha: Em
primeiro lugar, cada um tem a liberdade de professar a fé que quiser, e eu não
posso exigir que o mundo se torne cristão, apesar de crer que os que não crerem
em Cristo irão para o inferno. Essa é a minha fé e para defendê-la e ser
coerente com ela precisarei defender as liberdades individuais e a liberdade de
crença religiosa.
Já em
relação a esta afinidade, acredito não haver uma relação específica com
esta ou aquela religião, mas sim a clareza de um alerta que Paulo, o apóstolo,
trouxe pouco antes da sua partida para a Glória: “Pois virá o tempo em
que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos,
segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se
recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.” 2 Timóteo 4:3-4
Qualquer
religião, até mesmo algumas “igrejas evangélicas inclusivas” que pregarem
aquilo que o homem quer ouvir e não aquilo que Deus quer falar, atrairá para si
os seus adeptos. Muitas igrejas estão atraindo multidões, vendendo a ideia de
que Jesus é o “Gênio da Lâmpada” e que para ter algum desejo realizado, basta
você fazer alguns rituais, sacrifícios e mudar algumas coisas no seu modo de
ser. O homem se torna o centro de tudo e não Cristo. A essência do Cristianismo
é Cristo e não o homem. Cristo vem para reconciliar o homem com Deus, partindo
do pressuposto que quem abandonou Deus foi o homem e não o contrário.
Blog
Julio Severo: Uma das aflições que Jesus mais lidou em sua pregação e
demonstração do Evangelho do Reino de Deus era a possessão demoníaca. Ele
expulsava demônios freqüentemente e deu autoridade aos seus seguidores em todas
as gerações de também oferecerem libertação espiritual aos possessos. Em que
ponto existe uma relação entre práticas homossexuais e possessão demoníaca?
Eduardo
Rocha: Em
toda a prática pecaminosa, sem dúvida, desde o Éden, há uma influência de
demônios. Mas influência e possessão são dois fenômenos espirituais distintos.
Satanás foi quem desde o princípio da criação, influenciou o homem a
desobedecer ao seu Criador, porém atribuir a prática homossexual a uma
possessão demoníaca e dizer que todo homossexual está possesso de demônio, é um
grande equívoco. Infelizmente muitos líderes cristãos têm partido desse
pressuposto e afastando muitas pessoas de Cristo.
Atribuir
a responsabilidade de seus atos pecaminosos ao demônio é se eximir da sua
responsabilidade pessoal, é desprezar a necessidade de arrependimento e
simplificar algo muito mais complexo que é o processo de construção da
sexualidade a algo simples que pode ser resolvido com uma única oração.
Vencer as tentações, crucificar as paixões e desejos pecaminosos e
desenvolver a fé cristã, é um processo que requer uma decisão por Cristo, Seu
exemplo e Sua Palavra.
Blog
Julio Severo: Nas épocas em que não existia propaganda gay, a entrada na
homossexualidade se dava quase que exclusivamente pelo abuso sexual. Você teme
que agora, com a enorme e onipresente propaganda gay estimulando abertamente a
homossexualidade e apresentando-a como alternativa atraente e desejável, os
jovens fiquem confusos e optem por experimentar?
Eduardo
Rocha: Sem
dúvida, toda propaganda pode influenciar o comportamento, a ideologia e as
atitudes das pessoas. Se não fosse assim, a propaganda não seria utilizada como
mola propulsora do consumo, levando a sociedade consumir e se comportar em
sintonia com os objetivos da propaganda. O grande problema é que vivemos em uma
era de consumo, onde as pessoas são valorizadas e medidas de acordo com aquilo
que consomem. O grande trunfo da propaganda é a mentira. A propaganda sempre
vai mostrar o lado bonito da história.
A
prova histórica do poder da propaganda e de seus estragos é o cigarro. Por anos
fumar foi sinônimo de status, beleza, juventude e poder. A propaganda foi
responsável por isso. Adolf Hitler se utilizou das técnicas de influência,
principalmente através da propaganda e de discursos inflados, recheados de
“boas intenções” para subverter toda uma nação a acreditar que o seu plano era
o melhor para o país.
Tudo
o que o movimento gay promove, propagando, utilizando-se de propaganda e tendo
como aliados a grande mídia secular, com ênfase para as da Globo, é recheado
por um discurso humanista cheio de “boas intenções”, mas na prática (Essa é a
nossa fé e opinião) leva a uma vida de depravação, frustração e mentiras,
consumindo os nossos jovens e influenciando-os sim a uma vida de pecado.
Os
grandes estudiosos dos fenômenos sociais sabem e projetam que em menos de 10
anos a população adepta da fé evangélica será mais de 50% da população. A
própria Rede Globo tem essa projeção e sabe que isto vai ocorrer. A impressão
que eu tenho é que esta empresa, responsável hoje por grande influência social,
ao mesmo tempo que tenta fazer a política da boa vizinhança com os evangélicos,
olhando para esse grupo como “mercado de consumo”, trabalha de todas as formas
par adiar este crescimento. Em menos de dois anos, posso citar diversos
momentos em que esta emissora promoveu de maneira muito clara a “agenda gay” e
como a Globo tem ostensivamente influenciado a nação brasileira a “louvar” a
prática homossexual.
Blog
Julio Severo: O que você pensa da forte política moderna dos EUA, que apenas
algumas décadas atrás eram uma potência protestante, de liderar o imperialismo
homossexual internacional?
Eduardo
Rocha: Tenho
acompanhado a grande pressão das Nações unidas e do Governo Norte-Americano que
sob o pretexto dos direitos humanos querem impor a libertinagem sexual a todas
as nações do planeta, principalmente a países como Nigéria, Uganda e países
africanos, inclusive com sérias sanções a estes países se os mesmos não
seguirem a agenda gay. Não existe consenso na ONU se um grupo pode ser
inserido nos Direitos Humanos pelo fato de terem um comportamento sexual,
porém, o Governo Americano tem pressionado para que os direitos dos gays sejam
incluídos na agenda oficial das Nações Unidas. Creio ser isto uma afronta aos
fundamentos do próprio EUA e um ato isolado de pessoas hoje que detêm o poder
nesta nação, mas que querem se impor buscando no fundo os seus próprios
interesses.
Recentemente
estive com duas famílias americanas que estão visitando o Brasil e conversei
com os adolescentes desta família. Esta conversa me encheu de esperança, pois
vi que estes jovens entre 13 e 17 anos, têm plena consciência do que está
acontecendo e não concordam em nada com isso. Ao conversar com estes jovens,
percebi que Deus trará uma resposta a esta nação, não através de juízo
necessariamente, mas levantando jovens cheios do Espírito de Deus e
conhecimento da Verdade para dizerem que este desejo do presidente Obama de
impor a agenda gay ao mundo, não é o desejo das famílias americanas.
Blog
Julio Severo: O que você acha do PLC 122 e outras leis que criminalizam a
opinião cristã contra as práticas homossexuais?
Eduardo
Rocha: Acredito
que este tipo de projeto, do ponto de vista jurídico e político é uma afronta à
liberdade religiosa em nosso país e aos princípios constitucionais. Acredito
que a ameaça à liberdade religiosa é uma ameaça a todas as demais liberdades. A
liberdade religiosa é a mais fundamental das liberdades e qualquer projeto de
Lei neste sentido, principalmente em um país tão pluralista religiosamente e
democrático, como é o Brasil, é um retrocesso. Sob o pretexto de se defender
diretos de uma minoria, estes projetos querem privilegiar estes cidadãos e
tornar crime a liberdade de fé, crença e expressão, contradizendo assim um
direito fundamental.
Blog
Julio Severo: Como as igrejas devem lidar com homossexuais que chegam aos seus
templos pedindo ajuda?
Eduardo
Rocha: Devem
tratá-los com amor e respeito, incluindo-os e não excluindo-os, acolhendo e não
expondo-os, discipulando-os através do relacionamento e exemplo, e não somente
pelo ensino e exposição didáticos. Sem relacionamento, o discipulado é
ineficaz.
As
igrejas, de maneira geral, não estão preparadas para receber o homossexual.
Existe ainda muito desconhecimento sobre o assunto, como deve ser feita a
abordagem e muito medo e preconceito. Precisamos inicialmente admitir como
igreja a nossa incapacidade, confessando inclusive os nossos erros.
Existe
a necessidade de se tratar com especificidades as questões relacionadas à
sexualidade. Da mesma maneira como a igreja tem se preparado para lidar com as
crianças, utilizando-se de uma linguagem apropriada e de estratégias próprias
para a abordagem da palavra e assim como se tem utilizado de ferramentas para
falar com mulheres, com homens, com casais, com jovens, com pessoas que têm
problemas com álcool ou drogas, é necessária uma abordagem específica aos
homossexuais. Não só de quem está na prática da homossexualidade, mas aqueles
que estão presos a vícios sexuais, poligamia, práticas sexuais erradas entre
casais e até casos de bestialismo (sexo com animais) e pedofilia (sexo com
crianças), bem como traumas por abusos.
A
igreja precisa se capacitar para estas abordagens, criando um ambiente seguro
para confissão de pecados, acompanhando de perto estas vidas que de alguma
forma procuram o refúgio do Senhor.
É
fato que o número de homens envolvidos na prática homossexual é maior que o
número de mulheres e há uma grande necessidade de que estes homens sejam
“adotados” por outros homens na igreja. Se partirmos do pressuposto que há um
abismo entre o universo masculino, uma figura paterna atenciosa e emocionalmente
presente e os homens homossexuais, faz todo sentido que estes homens possam
encontrar na igreja outros homens, maduros e capacitados para suprir este
abismo. No entanto, na prática, a grande maioria das pessoas que se aproximam
de um rapaz homossexual que chega à igreja, são mulheres. Aqui demos um pequeno
exemplo a respeito desta abordagem e a palavra de ordem é capacitação.
Hoje
no Brasil já existe vasto material publicado sobre o assunto, apesar de ainda
pouco conhecidos. Há também diversos ministérios que se especializaram no tema,
mas que tem pouca visibilidade e recursos financeiros. A maioria destes
ministérios não pertence a grandes denominações e por isso muitas vezes
achá-los se torna uma tarefa difícil.
Blog
Julio Severo: Como as igrejas devem lidar com a militância gay organizada que
pressiona os cristãos a se renderem diante das exigências da agenda gay?
Eduardo
Rocha: Com
sabedoria, discernimento, amor e firmeza. Vamos sempre pregar contra o pecado e
a favor das pessoas. Não podemos aceitar as provocações e ao mesmo tempo
precisamos ser firmes em nosso posicionamento, evitando sempre que possível o
confronto.
Precisamos
entender que esta militância é formada por pessoas e assim como Paulo o
Apóstolo estava se dirigindo contra os cristãos, estas pessoas estão fazendo o
mesmo. Precisamos entender que a nossa luta não é contra pessoas, mas contra
principados e que, portanto, devemos condenar as atitudes, as ideias, a agenda
gay e não as pessoas. Devemos rechear os nossos discursos e principalmente a
nossa prática com mais amor e tolerância aos gays, deixando sempre claro que a
nossa intolerância é em relação ao pecado.
Muitas
vezes não deixamos claro para as pessoas que estão na prática da
homossexualidade que o nosso sentimento por elas é de amor e que desejamos
apenas compartilhar com elas aquilo que cremos e que esta fé poderá fazer de
cada uma delas pessoas mais felizes, mais completas e cheias de Deus.
Sem
dúvida muitos nos desprezarão, mas quando eu for desprezado, ainda assim amarei
até os meus inimigos, recomendando a cada um deles ao Senhor, na esperança de
que sejam salvos. Meu desejo é que o mesmo amor que me alcançou quando eu era
inimigo de Deus, possa alcançá-los também. Se ainda assim eles quiserem me
matar, estou disposto a morrer por amor a Cristo, certo de que a morte pra mim
é lucro e o viver é Cristo, pois agora, se minha carne, paixões e desejos
estão crucificados com Ele, já não sou mais eu quem vivo, mas Cristo vive em
mim.
Blog
Julio Severo: Grandes denominações protestantes nos EUA, inclusive a
presbiteriana e a luterana, estão ordenando pastores homossexuais. O que os
cristãos brasileiros precisam fazer para se proteger dessa influência da
apostasia americana e da teologia gay?
Eduardo
Rocha: Precisamos
ser coerentes com a nossa fé, viver o evangelho e cada cristão precisa ser a
expressão viva da pessoa de Jesus Cristo.
As
igrejas que tem se perdido na chamada teologia inclusiva ou outras tantas
teologias, bem diferentes da doutrina de Cristo, na verdade se perderam na sua
própria identidade e propósitos. Devemos nos conformar a Cristo e a Sua Palavra
e não esperar que a Palavra se conforme a nossa vontade, desejos e estilo de
vida. Quando o homem passa a ser o centro de tudo, a igreja deixa de ser
igreja, perde o seu sal, a sua relevância e a sua própria essência. Nós
precisamos aprender com a história da igreja. O que aconteceu em países como a
França, que chegou a ter quase 100% de cristãos e hoje chega a uma minoria,
onde igrejas se transformaram em bares, boates e até museus? O que aconteceu na
Europa é um exemplo pra nós.
As
igrejas tornaram-se fechadas, um fim em si mesmas, o dinheiro, prosperidade e
bem estar passaram a ser os alvos e o partir do pão e o relacionamento passaram
a não ter mais importância. Além disso, a igreja não se atentou para as
próximas gerações, negligenciando no discipulado e em passar os seus valores as
crianças e jovens.
Os
jovens não foram valorizados, não se “passou o bastão”, não foi transmitida
responsabilidade a estes e então a igreja morreu com os velhos pastores e
anciãos. Corremos estes mesmos riscos se não nos atentarmos a transferência da
liderança aos mais jovens, se a liderança das igrejas envelhece, a própria
igreja envelhece e a pregação do evangelho torna-se sem vigor. A nossa geração
não pode ser usada apenas como “força de trabalho”, mas sim como voz profética,
dando a igreja a direção e o sentido. A igreja brasileira, se não mudar o seu
rumo, corre também o risco de envelhecer e tornar-se irrelevante.
Blog
Julio Severo: Quase vinte anos atrás, quando Marta Suplicy apresentou um
projeto de lei de união civil homossexual, ela negou completamente que o alvo era
casamento e adoção de crianças por duplas gays. Vinte anos depois, o alvo deles
é claro: casamento e adoção. Você acha que há mais objetivos que eles querem
conquistar a curto ou longo prazo, embora neguem hoje?
Eduardo
Rocha: Há
sem dúvida uma cultura de morte sendo pouco há pouco inserida em nossa
sociedade e os objetivos desta cultura é separar cada vez mais o homem de Deus.
Creio que por trás deste movimento há uma clara pretensão de se legalizar a
relação sexual com crianças, a prostituição infantil e a desmoralização
completa da sociedade, tornando legal inclusive o homicídio de crianças
indefesas através das leis pró-aborto.
A
igreja é a força de resistência, o contraponto da luta do bem contra o mal e
para isso, precisamos ser coerentes entre o discurso e a prática da vida
cristã. Que o Senhor nos dê quantas oportunidades forem possíveis para sermos
Sal da Terra e Luz para este mundo.
Blog
Julio Severo: Qual é o seu ministério hoje?
Eduardo
Rocha: Atualmente
faço parte do corpo de liderança da Igreja Cristã Sal da Terra no Bairro Jardim
das Palmeiras em Uberlândia, Minas Gerais. Esta Igreja funciona como um Centro
Educacional Infantil que educa 75 crianças entre 0 e 3 anos. Eu e minha esposa,
Genoveva Rocha atuamos como líderes de jovens nesta congregação. Atuamos
através de pregações, discipulado e aconselhamento bíblico.
Estamos
à frente da Associação de Amigos da Missão Infantil, entidade que atua no
combate e prevenção ao abuso e exploração sexual contra crianças e
adolescentes.
Através
do Ministério Sexualidade Cristã, oferecemos seminários e palestras em outras
igrejas para capacitar pessoas a lidarem com o assunto.
Um
grupo de ajuda a pessoas em conflito com a sexualidade funciona na igreja ás quintas-feiras
à noite e temos ainda um projeto, em parceria com o Mil (Ministério
Interdenominacional de Libertadores) que é a Escola Sexualidade Cristã, que
acontecerá em Janeiro e Julho de 2014 com a duração de 03 semanas na cidade de
Uberlândia.
As
informações sobre nosso Ministério estão disponíveis no site www.eduardoegenoveva.com.br
Blog
Julio Severo: Você tem livros publicados?
Eduardo
Rocha: Atualmente
estou trabalhando em meu primeiro livro, com previsão para ser lançado no ano
que vem. Nele vou contar mais detalhes sobre a minha história e conversão, os
desafios do casamento e o processo de restauração da identidade sexual.
Hoje
temos um DVD que aborda o assunto, com cerca de 03 horas de ministrações. O DVD
pode ser adquirido pelo site.
Blog
Julio Severo: Como você alcança homossexuais?
Eduardo
Rocha: Muitas
pessoas nos procuram, principalmente através do nosso site, mas infelizmente,
por escassez de recursos, não temos uma estrutura para atender a todos. Nosso
projeto é ampliar a nossa capacidade de atendimento e expandir o Ministério
Sexualidade Cristã através da capacitação de novos líderes.
Queremos
em breve produzir outros materiais em vídeo e transmitir alguns de nossos
encontros pela internet. Já estamos trabalhando na publicação de um livro e
atualmente atuamos através de palestras, capacitação, aconselhamento e
discipulado.
Blog
Julio Severo: Seu ministério ajuda apenas homossexuais ou também outras pessoas
oprimidas?
Eduardo
Rocha: Trabalhamos
com homossexuais, jovens, crianças, pessoas com traumas de abuso sexual e
pessoas viciadas em pornografia e compulsivos sexuais. Alguns pais de homossexuais
também nos procuram para aconselhamento.
Blog
Julio Severo: O que você aconselharia aos intercessores, que clamam diante de
Deus pela libertação dos homossexuais e contra o imperialismo homossexual que
está sendo imposto sobre crianças e famílias?
Eduardo
Rocha: Terem
como alvo primeiro a Salvação das almas, nomeando e recomendando diante de Deus
os líderes deste movimento. Uma das coisas mais marcantes em minha vida foi
quando ao compartilhar sobre minha história em uma igreja, fui abordado por um
homem que se apresentou como sendo funcionário da emissora que transmitia o meu
antigo programa de TV e que disse que era responsável por colocar o programa no
ar. Ele me relatou que todos os dias quando colocava o programa, se ajoelhava
diante do monitor e intercedia pela minha vida, pedindo perdão pelos meus
pecados e declarando a libertação sobre a minha vida. Outro exemplo é a Vanusa,
pedagoga que acompanha o nosso ministério e que também foi levantada pelo
Senhor para ser uma intercessora naquela época e que viu através do meu
testemunho a sua oração respondida. Cremos que a oração pode muito quanto aos
seus efeitos. Orem para que Deus levante pessoas capacitadas principalmente nas
áreas de mídia e política. Que o Senhor levante pessoas para interferirem no
conteúdo programático das emissoras de TV, também no conteúdo educacional das
escolas públicas da nossa nação e legisladores que tenham um compromisso com a
fé Cristã.
Que
Deus capacite os pais a prevenirem o comportamento homossexual na vida de seus
filhos e que o Senhor transforme a cultura da nossa nação através da influência
coerente da igreja.
Blog
Julio Severo: Qual a mensagem que você daria às igrejas nestes tempos em que se
aproxima uma ditadura gay?
Eduardo
Rocha: Igreja
não se cale, mas que a sua voz seja firme o suficiente para deixar claro que o
pecado é pecado e doce o suficiente para demonstrar o amor de Cristo aos
perdidos.
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