Uma razoável rede de transportes não deve se restringir ao
transporte rodoviário, mas, levando-se em consideração o tamanho do país ou da
região, outros tipos de transportes merecem receber investimentos. Lamentavelmente,
nos anos 50 o Brasil fez uma opção quase que individualizada pelo transporte
rodoviário, sobretudo pelos automóveis e pouco investiu no transporte público
de massas. Até os trens disponíveis em boa parte do Nordeste, Sudeste e Sul
foram lentamente sendo sucateados em diversos Estados.
Em alguns foram substituídos pelos metrôs, mas estes últimos
em grande parte, procuram atender as regiões metropolitanas. Os trens possuíam
uma vantagem interessante. Ligavam as capitais a diversos municípios do
interior e a outras capitais. Em Pernambuco por exemplo, era possível sair de São
Lourenço da Mata para as praias de Boa Viagem.
A maioria dos trens de transporte de passageiros em
Pernambuco foi desativada. O metrô atende apenas a demanda da área
metropolitana e ainda assim, numa precariedade absurda, visto que nenhum município
da área norte, é atendido por esse meio de transporte. E naqueles que são
atendidos, os usuários são obrigados a conviver com estações e vagões
absurdamente lotados nos horários de pico. Entrar no metrô do Recife nos horários
de pico é reconhecer na pele como se sente uma sardinha enlatada.
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