Li o artigo e alguns
comentários postados pelos leitores na página indicada no final do artigo. A
maioria concordava com o articulista tecendo outras observações ou repúdio aos
comentários do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. Mas, uma pessoa que se
identificou por Uatá, procurou amenizar a gravidade do que o filósofo escreveu.
"Pode ser ele o autor
do post, ao meu ver, sem problemas. A questão é como se movimentam em torno de
visões de mundo. (...) O problema é o linchamento, imagina, supondo que
seja eu ou você, dizer de primeira, EU FIZ! Há risco de quebradeira e de morte
não só minha, mas de terceiros. O maior perigo é o linchamento virtual passar
para a vida real devido ao transe emocional." É um argumento estranho, porque o pastor Marco Feliciano passou pelo
mesmo processo e a esquerda em nenhum momento exerceu piedade. Pegaram frases
soltas, desconexas e declarações infelizes para linchar o pastor publicamente. Algum
esquerdista se preocupou com isso? Não. E no final do comentário, o leitor Uatá
nos brinda com uma declaração que revela o motivo para tanta preocupação. "Agora essa jornalista, bom, ela é apenas o produto de todo moralismo
aprendido em igrejas evangélicas somado ao moralismo cruel de um posicionamento
ultra-conservador de direita, aí você solta essa coisa na TV e as pessoas mais
limítrofes compram a ideia dela." Preciso comentar mais
alguma coisa?
Por José Maria e Silva
Autor de vários livros adotados em faculdades de Pedagogia, o filósofo
Paulo Ghiraldelli Jr. desejou, como votos para 2014, que a âncora do jornalismo
do SBT seja estuprada — não por ser misógino, mas por ser membro de uma
universidade quase totalitária.
Volta e meia os institutos de pesquisa avaliam o grau de
confiança da população nas principais instituições do País, como partidos
políticos, igrejas, sindicatos, empresas, organizações não governamentais,
polícia, Corpo de Bombeiros, Correios, Congresso Nacional, etc. Até a
credibilidade de Deus é posta em questão: as pesquisas também querem saber se
as pessoas acreditam ou não n’Ele. Curiosamente, só os intelectuais e as
universidades nunca são avaliados – é como se fossem mais infalíveis do que
Deus. Parece não passar pela cabeça dos pesquisadores de opinião que alguém
possa não confiar num professor universitário. De fato, se fosse feita uma
pesquisa de opinião para avaliar o grau de confiança da população nas
universidades e nos intelectuais, o índice de aprovação seria altíssimo. O que
é um perigo.
Os
intelectuais não são imunes ao erro e estão longe de ser um exemplo de
moralidade. Se as pessoas comuns soubessem do que os intelectuais são capazes,
especialmente quando ungidos pela suposta santidade da ciência, elas ficariam
estarrecidas. Basta dizer que o terrorismo moderno é, sem dúvida, uma criação
da intelectualidade universitária, que não só apoia a ação de grupos
terroristas como sempre foi a fonte de seus principais líderes. Que o diga a
luta armada brasileira, feita com braços arregimentados nas universidades.
Quando os guerrilheiros do grupo colombiano M-19 tomaram a embaixada da
República Dominicana em Bogotá, em fevereiro de 1980, e fizeram cerca de 60
reféns, inclusive embaixadores, os universitários colombianos promoveram
manifestações de apoio aos terroristas nas imediações da embaixada.
Hoje, o
“terrorismo intelectual”, para usar uma expressão do jornalista e ensaísta
francês Jean Sévillia, está cada vez mais ousado, disfarçando-se de ciência de
ponta quando não passa da mais baixa mistura de ideologia marxista e instintos
primitivos. Uma de suas versões mais sorrateiras é a suposta luta contra o
preconceito, por meio da ditadura do “politicamente correto”. Paradoxalmente,
o terrorista intelectual também é capaz de fingir que se insurge contra essa
ditadura em nome da liberdade de expressão, sendo que, na prática, faz o
contrário. Um exemplo de terrorismo intelectual que se enquadra justamente
nesse último aspecto do fenômeno são os agressivos ataques à jornalista Rachel
Sheherazade, âncora do telejornal “SBT Brasil”. Uma das fontes desses ataques é
o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr., autor de vários livros e professor da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Na
quinta-feira, 26 de dezembro, no Facebook do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. foi
postada a seguinte mensagem: “Meus votos para 2014: que Rachel Sherazedo seja
estuprada”. Logo em seguida, foi postada outra mensagem com o mesmo teor:
“Votos para 2014: que a Rachel Sherazedo abrace bem forte, após ser estuprada,
um tamanduá”. Alertada por um amigo, Sheherazade denunciou os ataques em seu Twitter : “Caso
grave de incitação ao crime, promovido pelo Sr. Paulo Ghiraldelli ou quem se
faz passar por ele. Compartilhem!” Em seguida, questionou diretamente o próprio
filósofo: “Sr. Ghiraldelli, liberdade de expressão termina onde começam
calúnia, difamação, ameaça, incitação ao crime! Vai aprender isso num
tribunal!”. E, no dia 30, a
jornalista postou no Twitter: “Missão cumprida: esta manhã fui à delegacia
competente representar penalmente contra meu agressor ou quem se faz passar por
ele. Agora, é só aguardar as providências legais e a providência divina. Tenho
a certeza de que cumpri meu papel de cidadã”.
Diante da
pronta reação da jornalista, o filósofo recuou. Numa mensagem enviada
diretamente para o Twitter de Sheherazade, Ghiraldelli tentou se justificar:
“Prezada Rachel Sheherazade, não sou favorável a qualquer incitação à violência
contra mulher, menos ainda à imprensa. Posso me explicar?” Reparem que, já
nessa curta mensagem, Ghiraldelli tropeça na gramática e na ética e mostra que
nada entende de direitos humanos, apesar de fingir defendê-los. Para o
filósofo, uma incitação à violência contra a mulher é menos grave do que uma
incitação à violência contra a imprensa. É como se instituições abstratas não
fossem feitas de seres humanos concretos e fosse possível preservá-las
descartando as pessoas. Por esse esconso critério de Paulo Ghiraldelli Jr., uma
ditadura sanguinária que fuzilasse gente seria preferível a uma ditadura
autoritária que apenas empastelasse jornais. Felizmente, para a família
Mesquita, o ditador Getúlio Vargas não achou que poderia fuzilar os donos do
“Estadão”, já que mantivera o jornal circulando mesmo sob intervenção.
Paulo Ghiraldelli negou ser o autor dos votos de que Rachel Sheherazade
seja estuprada em 2014. Ele alegou que seu Facebook foi invadido por “hackers”
e apagou as mensagens de incitação à violência contra a jornalista. Mas o filósofo
deve ter fugido das aulas de lógica. Se não é o autor das mensagens injuriosas
contra Sheherazade, Ghiraldelli não pode se limitar a pedir desculpas a ela por
um crime que alega não ter cometido – até para demonstrar sua alegada
inocência, seu dever é prontificar-se a ajudar a jornalista a descobrir o
criminoso que a atacou. Para isso, tão logo se deu conta da invasão, além do
pedido de desculpas e de apagar as mensagens, ele próprio deveria ter recorrido
à polícia para descobrir quem foi que o usou para atacar a âncora do SBT.
Todavia, o filósofo fez o contrário: ele tentou – e continua tentando – se
passar por vítima, não só do suposto “hacker” que teria invadido seu perfil,
mas também da “direita” e até da própria Rachel Sheherazade, a verdadeira
vítima nessa história, uma vez que tem sido alvo recorrente de ataques da
esquerda.
O desespero do filósofo contraditório
Paulo Ghiraldelli Jr. é um dos que atacam
sistematicamente a âncora do SBT apesar de ter tentado negar esse fato na
entrevista que concedeu à “Folha de S. Paulo” em 28 de dezembro, em reportagem
de Anahi Martinho. Ghiraldelli, segundo o jornal, negou ser o autor das
postagens e disse que ficou surpreso com a reação da jornalista: “Eu não tenho
absolutamente nada contra aquela moça. Conheço o trabalho dela, sei quem ela é,
mas jamais escrevi nenhuma frase contra ela” – declarou à “Folha”, num surto de
amnésia. O jornal acrescenta: “Demonstrando irritação com a polêmica e a reação
do público, ele afirmou não temer um processo na Justiça. ‘Minha carreira de 40
anos e meus livros não valem nada? O que vale é um Twitter que nem posso
comprovar se fui eu que escrevi ou não? Se eu for processado, vou lá no
tribunal, respondo. Se for condenado, pago uma cesta básica e pronto. Não vai
acontecer absolutamente nada. É o milésimo processo que eu vou tomar’, disse.”
Ainda segundo a “Folha”, Paulo Ghiraldelli “também negou ser o autor de outras
postagens antigas ironizando Sheherazade, encontradas em suas contas no
Twitter e Facebook”.
As declarações de Paulo Ghiraldelli são tão contraditórias que não
parecem saídas da boca de um filósofo. Ao mesmo tempo em que diz não ser autor
dos ataques à jornalista, ele zomba da Justiça ao dizer que sua condenação, se
ocorrer, não passará do pagamento de cestas básicas. Mas, valendo-se do
Twitter, ele mandou uma sequência de mensagens para a âncora do SBT que revelam
certo desespero: “Prezada Rachel Sheherazade, eu retirei minha conta do ar, em
respeito a você, agora peço que tire o post do ar para não incitarmos torcidas.
Não há nenhuma justiça nos julgamentos a priori, nas denúncias a partir de
meios inseguros. Isso é linchamento público. Repudio. Gostaria que tirasse do
seu Face a conclamação contra mim, pois trata-se de injustiça. Eu estou pedindo
desculpas públicas”. Reparem na distorção dos fatos promovida pelo filósofo: de
algoz de Rachel Sheherazade, ele tenta se passar por sua vítima, acusando a
jornalista de linchá-lo publicamente, quando ela está apenas se defendendo dos
ataques sórdidos que sofreu. É uma ignomínia que um filósofo e professor
universitário – sustentado com dinheiro público – tenha esse tipo de
comportamento.
Nas declarações à “Folha de S. Paulo”, o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr.
manteve essa estratégia de criminalizar Rachel Sheherazade: “Quando recebi o
recado dela no Twitter, duvidei que era ela de verdade. Sou um simples
professor de filosofia, um coitado, completamente desconhecido do mundo. E de
repente uma jornalista da televisão querendo me caçar? A maneira com que ela me
abordou não foi normal”. Ele disse que jamais faria piadas com conteúdo
violento: “Eu não gosto desse tipo de brincadeira [sobre estupro]. Não é do meu
feitio. Embora não ache que se deve censurar humorista, caçar gente por aí”.
Como fica claro, Paulo Ghiraldelli, que se define como “o filósofo da cidade de
São Paulo”, resolveu concorrer com o “Porta dos Fundos” e está se autonomeando
“humorista”, numa tentativa desesperada de escapar da Justiça. Espero que a
Faculdade de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás e demais cursos de
pedagogia do País retirem de suas respectivas bibliografias de graduação e
pós-graduação os livros desse humorista confesso.
Extermínio verbal de Sheherazade
Convém citar mais dois trechos da reportagem da
“Folha de S. Paulo”, pois ambos são emblemáticos da miséria moral e intelectual
em que vivemos. Eis o primeiro trecho: “Mesmo negando ser o autor de todas as
postagens contra Sheherazade, Ghiraldelli lançou mão de outro argumento para
se defender. Ele disse que não há lei que possa incriminá-lo por desejar o mal
de alguém. ‘Vamos supor que tivesse sido eu. Primeiro que não tem o nome dela.
E ainda que ela vista a carapuça, nada me impede legalmente de desejar mal a
uma pessoa. Jogar praga não é crime’, defendeu-se.” Eis o segundo trecho: “A
âncora [Rachel Sheherazade] é conhecida por seus editoriais controversos e de
teor conservador à frente da bancada do SBT. Ela já criticou o Bolsa Família,
defendeu o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e recentemente fez uma
declaração sobre o esquecimento de Jesus no Natal”.
Ghiraldelli não só precisa conhecer melhor as leis do País
como também deveria aplicar na prática seus possíveis conhecimentos de
antropologia e sociologia. Ele sabe que cada indivíduo exerce, em diferentes
espaços e tempos, os mais variados papéis sociais. Em sua vida privada, Paulo
Ghiraldelli Jr. provavelmente é o eterno “Paulinho” de seus pais, o “benzinho”
ou “amorzinho”, sei lá, de sua esposa, o “Paulo” dos amigos, o “seu” Paulo da
vizinhança, etc. Mas, na universidade, na imprensa e na internet, ele é o
professor e filósofo Paulo Ghiraldelli Jr., que se orgulha de ter cerca de 40
anos de profissão e mais de 30 livros publicados, alguns deles adotados em
universidades de todo o País. E “jogar praga”, obviamente, não faz parte do
papel social de um filósofo e professor, do qual se espera um comportamento
racional, condizente com a ciência de seu tempo, na qual não há espaço para as
superstições populares. Figuras públicas precisam entender que redes sociais
não são as velhas cercas que separam quintais e serviam para as vizinhas
fofocarem. Logo, o professor universitário não “jogou praga” na jornalista do
SBT – ele incitou a prática de crime contra ela, incorrendo no artigo 286 do
Código Penal, tornando-se passível de pena de detenção de três a seis meses de
prisão ou multa.
E não é a primeira vez
que ele age assim. Desde que Rachel Sheherazade despontou na televisão
brasileira com suas contundentes – e elegantes – críticas ao pensamento de
esquerda, Paulo Ghiraldelli passou a atacá-la sistematicamente no Facebook e no
Twitter. Ou todas aquelas postagens atacando a jornalista foram obra de
invasores? Ghiraldelli precisa tomar cuidado com o uso indiscriminado que tem
feito dessa desculpa esfarrapada ou corre o risco de ser processado pelo
Facebook e o Twitter, pois não é possível que essas redes sociais sejam assim
tão inseguras a ponto de colocarem em maus lençóis um professor universitário que
navega na internet há anos e sabe como se proteger minimamente. Entre diversas
postagens contra Sheherazade que já apareceram nos perfis de Ghiraldelli
convém destacar a que data de 28 de março de 2013, garimpada por Felipe Moura
Brasil, blogueiro de “Veja”: “Evanjegue não lava a xana! Então... Rachel Cheirazedo”.
Esses dizeres foram estampados sobre uma foto do rosto da apresentadora,
seguida por outras postagem que lhe serve de legenda: “Essa é a Rachel, o braço
de Feliciano na TV. Ela incita o racismo, a xenofobia e a crueldade com
animais”.
Agora, convém reler o
trecho da reportagem da “Folha de S. Paulo” em que Rachel Sheherazade
é descrita como a âncora que “é conhecida por seus editoriais controversos e de
teor conservador”. Marilena Chauí chama de “desgraça” a classe média que lhe
paga o salário, mas nunca foi classificada como “filósofa controversa”, mesmo
sendo mais devota do PT do que da própria filosofia. Já Rachel Sheherazade é
tida como “controversa” por defender a liberdade de expressão de um deputado
democraticamente eleito, criticar um mero programa governamental como o
Bolsa-Família e até pelo fato de dizer que Jesus está sendo esquecido no Natal
– um fato que pode ser constatado por qualquer ateu. Ou é possível negar que o
espírito religioso dessa festa há muito cedeu lugar para o seu caráter
comercial? Se uma âncora de TV diz isso, ela está dizendo algo de
“controverso”? Controverso é o “kit gay” ser distribuído para crianças nas
escolas e não o pensamento de quem condena essa prática imoral, como faz Rachel
Sheherazade, expressando o pensamento da esmagadora maioria da população
brasileira, ainda não contaminada pelo vírus da imoralidade acadêmica.
Universidade em ritmo de barbárie
Os ataques do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. à jornalista
Rachel Sheherazade não são um caso isolado – eles são um sintoma da barbárie
que tomou conta das universidades brasileiras, num sentido diverso daquele que
o filósofo José Arthur Giannotti emprestava ao tema quando o tratou num livro
com esse título publicado em 1986. Paulo Ghiraldelli não é um desconhecido
professor como fingiu ser na reportagem da “Folha de S. Paulo”. Ele é o
principal discípulo brasileiro do filósofo pragmatista norte-americano Richard
Rorty (1931-2007), que tem considerável influência nas universidades
brasileiras, com cerca de 30 dissertações e teses defendidas sobre sua obra e
vários livros traduzidos e publicados em português. Além de
ser um dos responsáveis pela divulgação do filósofo norte-americano no Brasil,
Paulo Ghiraldelli Jr., juntamente com Michael Peters, organizou o livro
“Richard Rorty: Education, Philosophy, and Politics” (“Richard Rorty: Educação,
Filosofia e Política”), publicado nos Estados Unidos em 2001.
Paulo Ghiraldelli Jr., segundo informa em seu currículo
Lattes, é “filósofo e escritor”. Tem doutorado em filosofia pela USP e
doutorado em filosofia da educação pela PUC-SP. Tem mestrado em filosofia pela
USP e mestrado em filosofia e história da educação pela PUC-SP. Fez sua
livre-docência na Unesp e o pós-doutorado na Uerj, com a tese “Corpo: Filosofia
e Educação”. Em seu currículo, ele informa ainda que “foi pesquisador nos
Estados Unidos e na Nova Zelândia; é editor internacional e participante de
publicações relevantes no Brasil e no exterior; possui mais de 40 livros em
filosofia e educação; trabalha como escritor e tem presença constante na mídia
imprensa, falada e televisiva” – o que depõe contra sua afirmação à “Folha de
S. Paulo” de que não passa de um “simples professor de filosofia”, um
“coitado”, “desconhecido do mundo”. Também Dirige o Centro de Estudos em Filosofia Americana
(Cefa) é é professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Mas engana-se quem pensa que Rachel Sheherazade foi
escolhida como alvo de Paulo Ghiraldelli por ele ser misógino. Em um ponto ele
tem razão: sua carreira intelectual, ao menos retoricamente, se alinha com o
feminismo, as minorias, a liberdade de expressão. Ocorre que, mesmo se
apresentando como alguém que não é de “esquerda” nem de “direita” e, sim, uma
espécie de libertário, Paulo Ghiraldelli Jr. é como a filósofa Marilena Chauí,
que acredita que só existe ética de esquerda. Por isso, ele não perdoa Rachel
Sheherazade, que ousa discordar do pensamento hegemônico de esquerda, sobretudo
num veículo de grande impacto, como a televisão. A âncora do SBT não é
exatamente uma porta-voz da direita, como afirma Ghiraldelli. Ela apenas
exprime o bom senso da maioria da população, que, mesmo de forma inconsciente,
não aceita o totalitarismo de esquerda que quer destruir todos os valores
morais da sociedade. Por isso, a esquerda quer eliminar Rachel Sheherazade do
debate público. É a liberdade de expressão sendo acossada, mais uma vez, pela
esmagadora capacidade de pressão da esquerda.
Fonte: SILVA, José Maria e. Rachel Sheherazade: a
mulher que aterroriza a esquerda. Disponível em: <http://networkedblogs.com/SDVPz>.
Acesso em: 8 jan. 2013. Jornal Opção. Edição 2009, de 5
a 11 de janeiro de 2014. Análise.
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