quarta-feira, 28 de março de 2012

Psicóloga evangélica Marisa Lobo: Sob o ataque do Conselho Regional de Psicologia e de ativistas gays e ateus

Apesar das notícias que se seguem estarem bastante desatualizadas, venho acompanhando com bastante incômodo todo o processo de perseguição contra a psicóloga Marisa Lobo. Após tomar conhecimento das críticas dirigidas contra ela, sobretudo, através das redes sociais, fiquei bastante surpreso com as postagens colocadas pelas pessoas. A maioria que não concordava com a psicóloga, usava com frequência o argumento da laicidade do Estado brasileiro, mas curiosamente, confundia laicidade com ateísmo ou ausência de crenças religiosas, estas últimas garantidas pela mesma Constituição que reserva a laicidade ao Estado. Bom, tento colocar mais lenha nessa fogueira atualizando algumas informações desde a minha última postagem que já abordava o tema.


No último dia 09 de fevereiro a psicóloga Marisa Lobo, recebeu uma convocação para se apresentar ao Conselho Regional de Psicologia. Motivo: Denúncias recebidas em razão do seu exercício profissinal.
A fotografia acima registra a visita ao CRP. Marisa Lobo, já ciente da motivação velada da convocação, se deixa fotografar lendo uma Bíblia em frente ao prédio do orgão. Ao ser questionada pela representação do conselho, Marisa dissimulou a provocação, informando estar lendo o seu manual de ética profissional enquanto aguardava a sua entrevista. A foto foi postada nas redes sociais pela própria Marisa Lobo.
Ao adentrar o conselho, Marisa Lobo foi recebida por duas fiscais, que a colocaram a par das denúncias contra ela. Denúncias alegadamente feitas por ativistas gays e ateístas, que estariam se sentindo incomodados com declarações postadas nas redes sociais por Marisa Lobo. Na versão apresentada pelos denunciantes, as declarações da psicóloga estariam revestidas da qualidade de opiniões profissionais abalizadas abordando temas como drogas, homossexualismo e até o chamado "kit gay escolar", contudo, tais opiniões, no entender dos denunciantes,  estariam, de fato,  carregadas de proselitismo da fé evangélica.
As fiscais do C.R.P., de posse da publicação do código de ética profissional do psicólogo, reforçaram a conduta inadequada da profissional ao defender posições preconceituosas em relação ao homossexualismo, no exercício de sua profissão e, ainda, por "evangelizar" pacientes em seu consultório profissional, em claro descumprimento das orientações preconizadas pelo Conselho Federal de Psicologia.

Relatório de entrevista no CRP

A seguir, trechos do relato da própria Marisa Lobo acerca do encontro, como divulgado em diversos sites e nas redes sociais:
"Sobre a mesa colocaram Xerox de recados de twitter, o que me deixou indignada, como poderia estar sendo chamada para discutir ética, por denúncias de ateus, militantes gays, canabistas sem base legal alguma e que claramente me perseguem pelas minhas posições de direito de professar minha fé. Me senti perseguida, ouvi coisas absurdas, uma pressão psicológica que se eu não tivesse sanidade mental, teria me acovardado e desistido de minha fé." "Tentaram o tempo todo me vincular a homofobia, deixei claro que processaria todos eles, pois não sou homofóbica, nunca agredi ninguém apenas tinho minhas opiniões, que foram claramente negadas a mim pelas fiscais, me senti tolhida em meu direito de liberdade de expressão.(sic)"
"Contei o exemplo de uma mulher que entrou em meu consultório e me disse:Dê-me uma razão para viver, ou vou sair daqui e vou desistir da minha vida!!!Eu dei, Deus, ela está viva e bem até hoje. "E perguntei o que deveria ter feito, já que ela se tratava com psicólogos,  psiquiatras, tinha luto patológico, era depressiva suicida e não tinha vontade de viver, deveria deixá-la morrer então? A dar a ela a chance de acreditar que existe Deus, eternidade. Não souberam responder, enrolaram, e mudaram de assunto.(sic)"
Declarações das fiscais no decorrer da reunião:

·           Você não tem o direito, não pode se dizer Cristã e psicóloga ao mesmo tempo é ferir o código de ética.(sic)"
·           "Você não pode dizer que Jesus cura, estando na  condição de psicologa(sic)"
·           "Você não pode se declarar psicóloga e cristã, guarde a sua fé pra você, você não tem direito de externar para mídia (sic)."
·           "Você não pode dar declarações que induzam as pessoas a acreditar que seu Deus cura, como faz em seus sites e blogs.(sic)"
·           "você não tem o direito de dizer em público que ama os gays, mas quer ter um filho hetero.(sic)"

As fiscais, segundo o relato da psicóloga, ainda teriam questionado uma declaração sua feita em uma palestra,  relativamente ao tratamento de dependência química: 

"Não acredito em cura da dependência química sem Deus.(sic)"

Relatório da entrevista no CRP

O relato da psicóloga sobre o ocorrido na referida reunião, como divulgado na blogosfera cristã, pontua diversos outros aspectos da conduta profissional de Marisa Lobo, sempre tendo como foco principal as suas declarações de fé feitas no exercício profissional. Também foram tratados de casos em que a psicóloga foi acusada de fazer proselitismo religioso dirigido a pessoas sob seus cuidados profissionais.
Se existe alguma margem tênue para um eventual questionamento do CRP, envolvendo exageros ou deslizes nesta área, a psicóloga registra em seu relato agravos feitos pelos fiscais do conselho relativos a declarações de fé de Marisa Lobo, feitas em redes sociais, palestras e sítios de internet, em momentos de sua expressão de natureza pessoal!
Ora, se verdadeiras, tais acusações são indicativos de perseguição religiosa e relativizam qualquer juízo feito pelo orgão em relação a queixas dirigidas à Marisa. De quem procedem tais queixas?  São pacientes de Marisa?  São pessoas prejudicadas por inépcia profissional de Marisa? Referem-se a práticas profissionais de Marisa ou são declarações pessoais da mesma? 
Se, de fato, o CRP admoestou Marisa Lobo por declarações públicas desviculadas de sua persona profissional, trata-se de uma atitude francamente arbitrária, sem qualquer amparo legal e fora de sua esfera de atuação. Marisa não tem direito ao exercício das prerrogativas constitucionais que lhe garantem a sua livre expressão?

Marketing Pessoal


Nas redes sociais, as opiniões dos evangélicos, como já se imaginava, é francamente favorável à psicóloga cristã e denuncia perseguição religiosa, com bons motivos, diga-se.
Já entre os psicólogos, muitos registros de apoio à colega e crítica a atuação do CRP, sem ter por base denúncias feitas por agentes envolvidos diretamente com o exercício profissional de Marisa Lobo, sejam pacientes, familiares de pacientes ou empregadores. Afinal, ao que parece, todos os casos citados foram relatos públicos da própria Marisa (nas redes sociais e blogs).
Contudo, nem todas as opiniões nas redes sociais são favoráveis à evangélica, além dos usual suspects  (ativistas da base contrária, risos) de quem não se poderia esperar outra coisa mesmo, muitos profissionais de psicologia estão censurando Marisa Lobo. A maioria se baseia nas próprias declarações de Marisa e afirmam: "Ela está confundindo psicologia clínica com aconselhamento pastoral ". Muitos outros, com base no evidente grande esforço de Marisa na divulgação de declarações polêmicas, acusam a psicóloga de marketing pessoal agressivo e golpe promocional: "Ela fabricou esta perseguição e estas denúncias"; "Ela vai encher o seu consultório de crentes"; e "Ela se apresenta como juíza de futebol e vai até a torcida do São Paulo dizer que ali só tem Bambi e não quer ser censurada como árbitra de futebol e sim como torcedora do Palmeiras? Ora, então que tirasse o uniforme de juíza e fosse lá vestida de verdão. Ia apanhar como qualquer porco, ninguém ia falar nada de denunciar ao Conselho de Árbitros!", postou um psicólogo (Santista, imagino.) nas redes sociais. Um professor universitário postou o seguinte: A pessoa de Marisa tem todo o direito de defender a sua fé e até evangelizar. Contudo, é necessário separar os papéis. Se ela fosse engenheira de estruturas e fizesse o calculo de uma viga e, ao invés de pedir a outro profissional para conferir, orasse e confiasse no seu Deus que não falha... Se o prédio cai, seria uma questão de falta de fé de Marisa ou de incompetência? A quem as vítimas recorreriam: ao pastor de Marisa ou ao CREA? Eu sou cristão e te digo que pela Bíblia: quem vai contruir uma torre deve saber se pode terminá-la; não devemos testar nosso Deus; o bom servo é prudente; Deus recompensa os esforçados; etc.(sic)"

Marisa Lobo concedeu entrevista ao portal GUIA-ME.

A psicóloga Marisa Lobo saiu do anonimato ao se posicionar contra o que chamou de “partidarismo do Conselho Federal de Psicologia” (CFP) e apresentou uma denuncia formal através do deputado e pastor Marco Feliciano, passando a ser talvez a mulher cristã mais odiada no país por militantes gays e psicólogos não cristãos.
Ela tem um currículo extenso que inclui um estágio na Mont Sinai Hospital, em New York, a convite do governo dos Estados Unidos, trabalhando na Divisão Internacional de Atenção Primária a Saúde. Marisa Lobo também tem três livros publicados e uma agenda de palestras em todo o Brasil.
Evangélica, ela frequenta, juntamente com o seu esposo Jofran, a Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba e por professar sua fé tem sido alvo de inúmeros ataques de militantes gays que tentam impedir que ela se manifeste contrária às práticas homossexuais. Perseguição que ela classifica como “heterofobia, teofobia, preconceito por eu me declarar Cristã”.

GUIA-ME– Como a senhora se sente ao ser considerada a maior psicóloga cristã do Brasil a que se deve esta fama?
Marisa Lobo – Não me considero a melhor do Brasil, Jesus sim é o maior psicólogo da humanidade. Me considero ousada e pronta a realizar a tarefa de defender com meu conhecimento o evangelho, como todo profissional cristão deveria fazer.
Por que a senhora se define como “Psicóloga Cristã”, dá pra conciliar religião com profissão?
Marisa – Porque sou Cristã, creio em Jesus Cristo como meu único Senhor e Salvador, creio que ele cura, sara e liberta. E tenho sido agraciada com essa verdade, além do mais, essa é minha orientação de fé. E tudo, absolutamente tudo em minha vida está subordinado á palavra de Deus inclusive minha profissão, creio ser por isso que sou, graças a Deus, bem sucedida.
Você tem sido lembrada como a psicóloga que está enfrentando o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a senhora reconhece esta fama?
Marisa Lobo – Apenas tomei uma posição perante mim mesma, a de cobrar atitude deste conselho que nos cobra tanta ética, nos fiscaliza o tempo todo e, tem tido comportamentos partidários, tem militado em causas como se fosse um partido político e não um conselho federal da profissão.
Pra você o CFP tem sido partidário ao abordar a questão da homossexualidade no Brasil?
Marisa Lobo – Com certeza tem sido. Participando até em marchas Gays em são Paulo, por exemplo, com carro de som e tudo. Fazendo passeatas em Brasília, com projetos inclusive de mudar a identidade do profissional que se considerar um travesti, e quiser ser chamado por outro nome.
Se nós como psicólogos não podemos induzir orientação sexual, religião e política, porque o conselho em nome de uma pseudo proteção das minorias milita induzindo a convicções partidárias em todas as áreas, quem fiscalizará este conselho?
O CFP abriu novo procedimento de avaliação para apurar as denuncias feitas contra o pastor e deputado Silas Malafaia, a senhora acredita que o CFC cassará o registro profissional do pastor Silas?
Marisa Lobo – Não, pois se acontecer será perseguição heterofóbica e religiosa. Eles estão sem moral para isso, acho que deveriam investigar a si próprios. Saiu um dossiê de um psicólogo não evangélico, que mostra fotos, vídeos da militância do CFP isso sim tem que ser investigado, e já está sendo pelo Delegado Francischini, hoje Deputado Federal, pelo Fenasp, pelo deputado Marco Feliciano, por senadores e pelos próprios psicólogos que estão se sentindo enganados, lesados pelo CFP que extrapola em suas ações, usando a questão da Homofobia, para promoção pessoal, como é possível observar nas denuncias feitas pelo psicólogo Luciano Garrido do distrito federal, que não é evangélico.
No Twitter você tem sido constantemente atacada por ativistas do movimento homossexual a que se deve estes ataques?
Marisa Lobo – Heterofobia, teofobia, preconceito por eu me declarar Cristã, por ter ousado questionar o conselho sobre o conteúdo do KIT gay, que é absurdamente sexualizado. Tanto que a presidenta Dilma Russef, com a força da nossa frente da família, acabou com esse kit, e o CFP, foi as ruas, militando como um partido político cobrando atitude da presidenta. Como se fosse da competência do conselho tal atitude, isso foi uma militância explicitamente gay. De forma ostensiva e se escondendo atrás de uma bandeira que nos faz duvidar das verdadeiras intenções, pois me parecem estarem legislando em causa própria. Tem muita coisa por detrás desse comportamento, além de acabar com o preconceito. Se essa fosse a verdadeira causa, estariam centrados, discretos, agindo conforme o código de ética.
A senhora já teve alguma denuncia por se posicionar contra a homossexualidade?
Marisa Lobo – Na verdade eu não me posicionei contra a homossexualidade, porque o conselho persegue todos que o fazem, apenas dou minha opinião. Mas oficialmente não, apenas tenho a informação de que já teriam encaminhado mais de 40 denúncias, contra mim, pelo menos é o que eles dizem, talvez para me amedrontar. Inclusive colocaram meu registro profissional nas redes sociais pedindo para militantes da causa me denunciarem.
O que faria se tivesse seu registro cassado por isso?
Marisa Lobo – Eles não poderiam, sei dos meus direitos. Mas caso acontecesse com certeza pediria investigação para apurar esses comportamentos do conselho, porque seria perseguição religiosa e isso eu não aceito de forma alguma. Temos o Fenasp toda uma bancada evangélica acompanhando essa perseguição, além de católicos, psicólogos e padres.
Nos comentários em seu twitter muitos criticam sua posição religiosa, a senhora se sente perseguida?
Marisa Lobo – Muito, e agradeço a Deus por isso, pois é cumprimento de sua palavra, e depois só me perseguem porque estou incomodando, porque temem, porque sabem que tem fundamentos minhas críticas, e eles nem sonham com o batalhão de psicólogos insatisfeitos, com a postura desse conselho e com essa ditadura de minorias que está se instalando no Brasil.
Tem sido orientada por alguém quanto as suas opiniões nas redes sociais?
Marisa Lobo – Sim, tenho amigos deputados e advogados me acompanhando, parece que estamos vivendo uma ditadura mesmo, pois não se pode falar nada, que somos acusados, de homofobia, de destilar ódio. Só eles querem ter direitos especiais, eu também quero como mulher ser respeitada, e me desrespeitam. Não podemos falar da família tradicional criada por Deus, que os ofende. Tudo tem limite, não podemos aceitar mais isso, respeitar sim, aceitar de forma alguma, porque é uma mentira, querem transforma nossa sociedade em uma sociedade esquizofrênica. Negar a verdade em favor de mentiras que escondem uma libertinagem absurda, e questões que prejudicam diretamente a família mundial. Podem ter direitos sim, mas para isso tem que ridicularizarem os nossos?
Você lançou uma campanha com o pastor Marco Feliciano para saber quem aprovaria um plebiscito para a união de pessoas do mesmo sexo, como tem sido esta campanha?
Marisa Lobo – Sim, para saber o que a população pensa do assunto. Já que o pedido partiu de um dos nossos deputados evangélicos, o pastor Marco Feliciano.
As pessoas comentam?
Marisa Lobo – Sim, a maioria não aceitou a decisão do STJ. E sinto muito terem feito isso, estão contribuindo com o aumento do preconceito e quanto a palavra igualitário, não tem sentido, pois casamento é família tradicional. A única constituída por Deus. Podemos até aceitar que o mundo mudou e que as famílias são diferentes, mas todas vem de uma base formal, natural, tradicional e isso é inegável.

Fonte: Genizah

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