domingo, 15 de fevereiro de 2015

Direito de ser invisível

     Confesso que o Sr. Mario Costeja González, tem todo o direito de lutar por aquilo que acredita, acionando a justiça para rever uma posição que ele considerava ser desfavorável a sua imagem. Mas, a discussão foi levantada e precisamos refletir sobre ela. De que maneira a internet deve se comportar com minhas informações quando expostas publicamente e com o meu consentimento, mas logo depois ser obrigada a retirá-las de circulação, pois as mesmas informações agora me colocam diante de situações constrangedoras ou vexatórias? É uma questão muito difícil, pois a partir do momento que uma informação é tornada pública, indexada em blogs ou nas redes sociais, fica muito difícil retirá-la de circulação, sobretudo, porque atualmente existem mídias portáteis de armazenamento extremamente potentes, levando as pessoas a multiplicarem conteúdos, que podem aparecer em outros momentos, a partir do armazenamento desses dados. Por outro lado, existe outra questão muito bem abordada pelo artigo: e se todos começarem a solicitar o mesmo procedimento? Ou seja, a internet só tornará público aquilo que interessar ao indivíduo? E se políticos e empresas envolvidas em corrupção tomarem a mesma atitude, como ficará a web? Como o cidadão e o público terão acesso às informações? E se governos aproveitarem o mesmo procedimento para impor uma forma de censura aos seus cidadãos? São dilemas para o século XXI.

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