quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Os homens das multidões

Uma razoável rede de transportes não deve se restringir ao transporte rodoviário, mas, levando-se em consideração o tamanho do país ou da região, outros tipos de transportes merecem receber investimentos. Lamentavelmente, nos anos 50 o Brasil fez uma opção quase que individualizada pelo transporte rodoviário, sobretudo pelos automóveis e pouco investiu no transporte público de massas. Até os trens disponíveis em boa parte do Nordeste, Sudeste e Sul foram lentamente sendo sucateados em diversos Estados. Em alguns foram substituídos pelos metrôs, mas estes últimos em grande parte, procuram atender as regiões metropolitanas. Os trens possuíam uma vantagem interessante. Ligavam as capitais a diversos municípios do interior e a outras capitais. Em Pernambuco por exemplo, era possível sair de São Lourenço da Mata para as praias de Boa Viagem.
A maioria dos trens de transporte de passageiros em Pernambuco foi desativada. O metrô atende apenas a demanda da área metropolitana e ainda assim, numa precariedade absurda, visto que nenhum município da área norte, é atendido por esse meio de transporte. E naqueles que são atendidos, os usuários são obrigados a conviver com estações e vagões absurdamente lotados nos horários de pico. Entrar no metrô do Recife nos horários de pico é reconhecer na pele como se sente uma sardinha enlatada.






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